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Betinho Marques: Balada, pouco compromisso e muita marra no Sub-20 do Galo

A base é a chance de sustentabilidade do Galo. Não tem para onde fugir — mas também não dá para esconder o que não funciona

Jogada 10

Jogada 10|Do R7

Foto: João Moura/FEC Jogada 10

Aqui sempre defendemos a importância da base  — ela é capaz de garantir a sustentabilidade de um clube como o Galo.

Na coluna anterior, destacamos profissionais de perfil altamente recomendado que chegaram ao Atlético com a missão de devolver ao clube a capacidade de revelar talentos. Mas não estamos aqui para “dourar a pílula”. Escrevemos para o bem e para o mal — falamos de fatos, sempre com o desejo de contribuir.

Pois é. Durante a semana, recebemos denúncias sérias sobre o comportamento de boa parte do elenco sub-20. Usando o filtro jornalístico, respiramos fundo, deixamos a ansiedade de lado e fomos apurar. Ouvimos gente de dentro, de fora, do meio e até familiares. Com isso, conseguimos montar um quebra-cabeça real — impossível de ser desmentido.

Resumidamente: como em todo grupo, há atletas comprometidos e com qualidade. Mas estes estão sendo ofuscados por uma parcela significativa do elenco que:


– Prioriza festas, baladas e consumo excessivo de álcool;
– Descuida do sono, da alimentação e do próprio corpo;
– Treina com baixa intensidade, reflexo direto dos hábitos noturnos;
– Está acomodada com contratos vantajosos — alguns ganhando cerca de R$ 10 mil e com vínculos até 2027;
– Adota postura “paneleira”, excluindo novatos ou os mais dedicados para preservar espaços.

Uma das fontes nos revelou que, com a chegada do gerente Luiz Carlos Azevedo, o clube passou a ter um olhar mais criterioso na captação — algo que já movimentou o “tabuleiro”. Ainda segundo ela, o Atlético oferece toda a estrutura técnica, humana e material — do pré ao pós-treino —, mas a cultura do comodismo se enraizou.


O que fazer na base do Galo

Será preciso tempo para reverter o cenário e evitar que bons profissionais e atletas sigam sendo ofuscados por jogadores descompromissados, que treinam mal e parecem indiferentes aos resultados.


“O Atlético pode ser rebaixado na categoria oferecendo tudo o que há de melhor a atletas que, além das limitações técnicas, demonstram desinteresse absoluto. Alguns não têm vontade de vencer, mas agem como se estivessem no auge. Muitos vivem apenas o presente e, talvez, nem joguem uma Série D. Estão perdendo a chance da vida — e tirando a de outros que dariam tudo para vestir essa camisa sagrada.”

O Galinho é o 19º colocado no Brasileirão sub-20. Perdeu a última partida para o Fortaleza por 3 a 0 e tem apenas mais quatro jogos para escapar do rebaixamento. Internamente, a queda já é tratada como uma possibilidade real — chocante —, embora exista a crença de que Luiz Carlos Azevedo, com seu perfil de captação descentralizado, possa entregar ao Atlético o que o clube mais precisa: um plano exequível, que revele talentos com mais constância e menos aleatoriedade.

Serão tempos de apoio e vigilância. Porque todos sabem: a base é a chance de sustentabilidade do Galo. Não tem para onde fugir — mas também não dá para esconder.

Observação: por precaução e respeito, os nomes dos atletas não foram divulgados pelas fontes e nem insistimos nisso. Todos podem mudar suas rotas. E, pela relevância social da base, mais que jornalismo, é necessário foco no conjunto da obra — não em casos individuais. Até porque, quem acompanha de perto, sabe quem está no contexto.

É a base que salva. Seguimos apoiando — mas de olhos bem abertos.

Galo, som, sol e sal é fundamental.

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