Bap critica ‘jeitinho amador’ no Flamengo e explica plano para o futebol
Luiz Eduardo Baptista disputa o cago de presidente do Rubro-Negro com Rodrigo Dunshee e Maurício Gomes de Mattos; Eleição será 9 de...
Jogada 10|Do R7
No debate dos candidatos à presidência do Flamengo, realizado nesta segunda-feira (18), os títulos conquistados nos últimos anos foram usados como argumentos pelos dois grupos: situação e oposição. Se por um lado, Rodrigo Dunshee, apoiado por Rodolfo Landim, exalta as 13 taças ganhas na gestão, o postulante Luiz Eduardo Baptista diminuiu o feito. Para BAP, o Rubro-Negro só levantou os troféus por ter mais dinheiro do que os concorrentes.
“Saímos de duas Libertadores de maneira pífia e você fala dos títulos que conquistamos? Conquistamos porque tínhamos muito mais dinheiro que todo mundo. Todo mundo aprendeu e evoluiu. Se o Flamengo não evoluir, nada vai acontecer e vamos piorar”, disse BAP.
“O pai do conselhinho é o presidente atual. Sobre os dirigentes que você diz amadores, está no estatuto. Precisa ter o conselho diretor, que são amadores. O que eu pretendo é fazer um conselho consultivo, como em uma grande empresa, e essas pessoas não terão influência no dia a dia. Esse é o maior problema de amadorismo que a gente enfrenta. Quem diz que a gente tem uma estrutura moderna, como de clubes europeus, é uma piada de mau gosto, uma mentira descarada. Não tem nenhum dos 30 clubes do planeta com um vice-presidente amador cuidando do futebol. Esse jeitinho amador, de não deixar o cara sozinho”, complementou.
Brasileirão como prioridade
Bap, aliás, também falou sobre deixar claro que o Brasileirão precisa ser a prioridade esportiva do Flamengo e chamou a Copa do Brasil de “detalhe”. O candidato, afinal, voltou a criticar o planejamento da diretoria para a atual temporada.
“Temos que vencer, dominar o jogo, jogar bonito, temos que ganhar. O Flamengo não tem planejamento do futebol. Vai indo, manda gente embora, contrata mais jogador, gasta uma fortuna. Nós entendemos que precisamos de metas esportivas muito claras. Depois de eleitos vamos deixar claríssimo que o Brasileiro é prioridade, que vamos buscar a hegemonia na América do Sul, que Copa do Brasil é só um detalhe, acompanhamento psicológico, resgatar o scout e usar a janela da maneira correta”, disse Bap.
Discussão sobre SAF no Flamengo
Dunshee afirmou que, no grupo político de Bap, haveriam “pessoas que tentaram comprar o Flamengo, ganhando alta comissão para fazer uma SAF”. E na sua réplica, o candidato da oposição deixou claro ser contra a mudança para clube-empresa.
Dunshee também negou ser a favor da mudança e disparou: “O Flamengo não pode ficar na mão de um dono”.
Flamengo perdeu R$ 80 milhões?
Maurício Gomes de Mattos iniciou o debate. O advogado questionou Luiz Eduardo Baptista (Bap) sobre os direitos de TV. O candidato ressaltou que o Flamengo perdeu R$ 80 milhões e pediu sugestão.
“No resto do mundo, Maurício, a Lei do Mandante ajuda os clubes em geral. No Brasil, o que aconteceu foi uma fragmentação do mercado. Eu não fui convidado a nenhuma discussão, em que pese eu tenha expertise no assunto. O contrato atual fala que você poderia receber o sinal limpo internacional para que o Flamengo possa fazer a venda desse produto fora do Brasil. Isso acontecido, poderia gerar um dinheiro para o Flamengo. Se você tiver pessoas que entendam de mercado e possam sindicalizar as coisas, podemos ganhar mais dinheiro. Realmente, tirou R$ 80 milhões do Flamengo na ausência de pessoas especialistas no assunto. Temos pessoas aqui que estavam na negociação e se sentiram confortáveis com as negociações. Isso foi aprovado em negociações que eu definitivamente não estava presente.
Na tréplica, Bap, aliás, destacou que foi apenas convidado para opinar sobre o assunto.
“Apesar de ser oposição, fui convidado a opinar no assunto e passei coisas importantes que garantiram ao Flamengo superavits demonstrados por essa gestão. Na média, R$ 107 milhões por ano a mais do que estava previsto anteriormente. Quais foram essas decisões? Que o Flamengo devia ter um contrato diferente dos outros, era muito maior. E esses direitos que garantiram, de certa forma, o desconforto de outros clubes. Nós, aliás, apostamos que o mercado não ia crescer, por conta da minha experiência, e o Flamengo tirou muito dinheiro por expertise minha”, destacou.
Baixa preços de camisas do Flamengo
“Ótima pergunta. O Flamengo tem contrato de material de primeira linha com a Adidas e a possibilidade de fazer produtos de segunda linha eventualmente com a própria Adidas ou com outro fabricante. Essa é uma decisão política, que pode e deve ser implementada na medida que o clube tenha vontade de fazer novos negócios. Nós vamos levar adiante os produtos de segunda linha”.
Votos online
“O estatuto do Flamengo, aliás, é um estatuto antigo, tem 32 anos se não me engano, vem de uma época que não tinha internet, não tinha absolutamente nada. Afinal, já se tem há algum tempo a intenção de permitir o voto à distância, o acesso à distância de algumas pessoas. A tecnologia permite que esse tipo de coisa aconteça. No Flamengo, isso não aconteceu de maneira mais profunda porque esse Conselho Diretor não quis, trabalharam contra um dia sim e outro também. A tecnologia permite, quem é sócio e mora fora deveria poder votar.”
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