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Abel afirma estar feliz com ‘choque de realidade’ no Mundial: ‘Diferença mínima’

Treinador do Palmeiras diz que europeus consideram futebol brasileiro 'lento' e explica como percepção deles pode mudar

Jogada 10

Jogada 10|Do R7

Foto: Cesar Greco/Palmeiras Jogada 10

Na véspera do duelo do Palmeiras contra o Al Ahly, pela segunda rodada do Mundial de Clubes, Abel Ferreira analisou o “choque de realidade” que vem ocorrendo nas partidas entre europeus e sul-americanos na competição da Fifa. O português contou que a percepção de estilo de jogo no Brasil, classificado como “lento” em comparação ao futebol do Velho Continente, é equivocada. E ressaltou que os brasileiros, quando têm tempo para se preparerem, competem em condições de igualdade com qualquer um.

“Acho que para nós, brasileiros, e não sou brasileiro, fica muito claro que o Brasileirão é muito competitivo quando damos condições aos nossos clubes, jogadores e treinadores para preparar as equipes. Porque a sensação que o europeu tem é que o futebol brasileiro é lento, parece que se joga devagar, mas há uma justificativa para isso”, iniciou ele, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (18).

“Primeiramente, o calendário congestionado, os gramados, o pouco tempo de recuperação. Chegamos a fazer três jogos seguidos de dois em dois dias. Só no Brasil é que isso existe! A quem dirige e quem tem responsabilidade de organizar as competições, e vocês (jornalistas) podem me ajudar nessa batalha, porque dizem que o treinador do Palmeiras sempre reclama de tudo, reclama dos três dias de intervalo, ninguém acredita, reclama das viagens, ninguém acredita, reclama da intensidade do jogo que é possível por…”, explicou Abel.

‘Vamos ver se é lento…’

O treinador palmeirense contou que amigos da área do futebol que não veem o futebol brasileiro com olhos de admiração mudarão de opinião conforme ocorrerem os embates das equipes brasileiras com o restante do mundo.


“Não vi nenhum time brasileiro sem intensidade nos jogos, porque temos tempo para preparar, e isso é um desafio  para nós. Sobretudo para quem organiza (o futebol brasileiro). Porque podemos melhorar, e fico contente e orgulhoso por trabalhar no Brasil, de entenderem, muitos colegas meus e treinadores que são meus colegas, me falam: ‘Ah, mas é lento’, e eu disse: ‘Vamos ver se é lento ou não quando jogarmos contra os outros e tivermos as mesmas condições e nos darem as mesmas condições, se não somos competitivos, se não somos dinâmicos, se não somos organizados. O Brasileiro é um dos campeonatos mais competitivos do mundo, seguramente’”, relatou.

‘Diferença está naquilo em que acredito’

Por fim Abel classificou como “mínima” a diferença entre os times dos dois continentes.


“Tenho orgulho de estar no Brasil e já tive muitas chances de sair e não saí. Há espaço para melhorar, mas acredito que o futebol brasileiro só precisa de pequenos detalhes. A diferença está naquilo em que acredito. Porque se eu acreditar que sou inferior aos outros, vou ser mesmo inferior aos outros. Agora, se acredito que com o trabalho posso competir, posso organizar, não tem nada a ver com nacionalidade, nem ser europeu. Não gosto de fazer média, o que gosto é quando damos condições de trabalho para os treinadores, para que as equipes descansem, para que os gramados estejam bons, o jogo torna-se competitivo e dinâmico. Aquela imagem que eu tinha do futebol brasileiro vai por água abaixo, porque competimos contra os outros e vemos que a diferença é mínima. Hoje, não há jogos fáceis. Sabem em que lugar ficou o Marrocos na última Copa? O futebol mudou muito nos últimos 10, 15 anos”, encerrou.

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