O técnico Vítor Pereira exaltou a atuação do Corinthians na estreia do Brasileirão 2022, na tarde deste domingo (10), quando o time venceu o Botafogo por 3 a 1 no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, que recebeu bom público (36.898 pessoas no total).
“Vi claramente o espírito corintiano dentro de campo. Muita raça, muita ajuda, muita vontade de mostrar. Acho que merecemos o apoio de nossa torcida. Eles cobraram e nós reagimos”, disse o treinador.
Técnico Vítor Pereira em treino pelo Corinthians
Rodrigo Coca / Agência Corinthians“O ambiente não é fácil, a competição não é fácil, porque o espaço entre jogos é muito curto. Estou tentando me adaptar a perceber as características dessa liga e para que a equipe se mantenha competitiva e não aconteça o que aconteceu na semifinal do Paulistão, (quando chegamos) completamente mortos e sem a capacidade de sermos competitivos. Essa é a grande lição que tenho deste mês de trabalho”, afirmou, lembrando da derrota para o São Paulo pelo estadual.
Com um jogo importante na Neo Química Arena na quarta-feira (13), diante do Deportivo Cali (Colômbia), pela 2ª rodada da fase de grupos da Libertadores, Vítor Pereira poupou Renato Augusto, principal articulador do meio-campo corintiano, do duelo no Rio de Janeiro.
“O único caminho que eu vejo para podermos manter nossa equipe competitiva é fazendo essa gestão, porque não é possível jogar hoje com uma equipe e quarta-feira com a mesma equipe, daqui a três dias. Condenaríamos nosso próximo jogo, que é um jogo fundamental para nós na Libertadores. O Renato é um líder natural, se tivesse necessidade, iria para o jogo (contra o Botafogo). O que estava combinado entre nós é que, se houvesse necessidade, iria para campo. Não houve necessidade.”
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Semana de tensão
O treinador também falou sobre os últimos dias, que foram turbulentos no clube. Após a derrota para o Always Ready na altitude boliviana, houve protesto de torcida organizada no CT e jogadores, familiares diretores sendo ameaçados.
“A cobrança, dentro do respeito, é importante para mim, importante para eles (jogadores). Percebemos que não podemos baixar nosso nível, temos que manter. Representamos muita gente, muita gente pobre que para ir ao estádio no domingo precisa poupar durante a semana”, disse o português que também comentou sobre a conversa que teve com o elenco.
“A conversa que tivemos essa semana foi nesse sentido, de que Deus nos abençoou com a possibilidade de fazer aquilo que gostamos, e somos bem pagos para fazer isso. Portanto, para não esquecermos que representamos muita gente, muitos milhões, muita gente pobre, e esse é o espírito que precisamos vivenciar dentro de campo. O resto, está no noticiário. Não se pode misturar futebol com família, porque família é sagrada. Não se pode ameaçar mulheres, não se pode ameaçar filhos, porque aí já é perder completamente a razão e, de fato, é uma coisa que espero não volte acontecer. Temos que focar no trabalho, naquilo que controlamos, e deixar isso para as pessoas competentes”, completou Vítor Pereira.
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