Vergonha mundial: Libertadores 2018 é marcada por irregularidades
Ainda sem definição da data para a final entre River e Boca, edição de 2018 do torneio sul-americano foi repleta de polêmicas e críticas à Conmebol
Futebol|Wemerson Ribeiro, do R7*
As confusões no final da Libertadores envolvendo River Plate e Boca Juniors não foram as únicas registradas nesta edição do torneio.
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Com casos dentro e fora dos gramados, a Argentina foi um dos países com mais decisões "favoráveis", enquanto os brasileiros acumularam reclamações. Relembre alguns momentos:
Santos x Independiente
O Santos foi punido pela Conmebol por ter escalado de maneira irregular o meio-campista Carlos Sánchez, no jogo de ida das oitavas de final da competição, contra o Independiente-ARG.
Uma das reclamações da equipe brasileira foi no tocante à demora da entidade sul-americana em julgar o caso. A decisão contrária ao Peixe só saiu no dia da realização da partida da volta, no Pacaembu.
A punição rendeu ao Santos a derrota por 3 a 0 no jogo de ida. No campo, os times haviam empatado sem gols na Argentina. Em São Paulo, novo zero a zero eliminou o alvinegro.
Irregularidade com o finalista
Até ser denunciado no meio do torneio, o finalista River Plate atuou por sete partidas com o meia Bruno Zuculini em campo, apesar do atleta ainda ter dois jogos de suspensão a serem cumpridos por um cartão vermelho tomado em 2013.
Posteriormente, a Conmebol veio a público para anunciar que o clube argentino não seria punido. A entidade entendeu que houve "um erro administrativo" e encerrou o assunto.
Grêmio x River Plate
O time de Buenos Aires enfrentou o Grêmio pelas semifinais da Libertadores e avançou à final com muita reclamação do lado gaúcho. Isso porque, mesmo suspenso, o treinador argentino Marcelo Gallardo foi flagrado com um rádio se comunicando com seu assistente no gramado na partida da volta, além de ir aos vestiários durante o intervalo do duelo.
O Grêmio chegou a tentar um recurso para anular a derrota por 2 a 1 em casa, mas a Conmebol só anunciou nova punição de quatro jogos para o treinador, que ficou fora das finais.
Boca Juniors x Cruzeiro
O zagueiro Dedé, do Cruzeiro, foi expulso após uma dividida "de jogo" contra o goleiro Andrada, do Boca. Éber Aquino, árbitro da partida, ainda chegou a assistir ao lance no monitor da árbitragem de vídeo, mas interpretou o choque como jogada violenta e apresentou o cartão vermelho ao defensor.
A partida na Bombonera terminou com o placar de 2 a 0 para o Boca e, após apelação do Cruzeiro à Conmebol, Dedé teve a expulsão anulada e o zagueiro pôde atuar até os 36 minutos do 2º tempo da partida de volta, quando voltou a ser expulso; desta vez por ter tomado dois cartões amarelos. A Raposa foi eliminada após o empate sem gols.
Boca Juniors também escalou jogador irregular
Em caso parecido com o do River Plate, o Boca escalou de maneira irregular o atacante Ábila contra o Libertad-PAR, nas oitavas de final da competição. O atleta estava impedido de atuar devido uma suspensão na final da Sul-Americana de 2015, quando ainda estava no Huracán-ARG.
A Conmebol argumentou que o pedido deveria ter sido feito pelo clube paraguaio até 24 horas após o confronto. Ábila só cumpriu a suspensão na partida seguinte, contra o Cruzeiro.
Final problemática
Além da primeira partida da decisão ser adiada por problemas causados pela chuva, o jogo de volta também foi forçado a ganhar uma outra data.
Após ataques sofridos pela delegação do Boca ao chegar ao estádio Monumental de Nuñez, a Conmebol até tentou levar a partida para o dia seguinte, mas os visitantes insistiram que não tinham condições de ir a campo.
A entidade sul-americana definirá nota data para a final em reunião na cidade de Assunção, no Paraguai, na próxima terça-feira (27).
* Estagiário do R7, sob supervisão de Rodolfo Rodrigues
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