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BRASILEIRO 2022

Tite confunde mérito e nepotismo com filho na comissão técnica

Matheus Bachi, de 30 anos, subiu de hierarquia na seleção brasileira e agora orienta jogadores antes de cada substituição. Profissional substituí Sylvinho

Futebol|André Avelar, do R7

Matheus Bachi orientou Everton Cebolinha no empate entre Brasil x Venezuela
Matheus Bachi orientou Everton Cebolinha no empate entre Brasil x Venezuela

O paternalismo anda extrapolando os limites na seleção brasileira. Não bastasse o estilo paizão de Adenor Bachi, o Tite, ao proteger os seus jogadores, Matheus Bachi subiu de hierarquia para esta Copa América. O profissional, de 30 anos, que agora orienta os atletas antes de substituições, como no burocrático empate sem gols contra a Venezuela na última terça-feira (18), é filho do treinador.

Evidentemente que pode haver aí uma confusão entre ‘meritocracia’ e ‘nepotismo’. Tal conflito, no entanto, vem justamente do péssimo futebol apresentado pela equipe montada por essa comissão técnica. O Brasil reclamou das vaias contra a Bolívia no Morumbi, mas também não fez por merecer aplausos contra a Venezuela na Arena Fonte Nova.

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“Tenho muito orgulho da capacidade que o Matheus tem. Ele está guinado em posições que tem condições para estar”, disse Tite, um tanto desconfortável com o questionamento na entrevista coletiva após a partida. “Ele foi campeão brasileiro de uma maneira histórica no Corinthians. Tem história comigo.”


O paternalismo já andava exagerado na seleção brasileira. Quando Neymar agrediu um torcedor, Tite ficou bravo e disse que iria falar com o jogador antes de dar as respostas aos jornalistas. Depois, o castigou com a retirada da braçadeira de capitão. Na acusação de estupro, disse que teve outra conversa ‘o-lho-no-o-lho’ com o jogador. O corte do camisa 10 acabou sendo o melhor dos mundos para um turbilhão que ainda estava por vir. 

'Tenho orgulho da capacidade que o Matheus tem', disse Tite
'Tenho orgulho da capacidade que o Matheus tem', disse Tite

Matheus foi ‘promovido’ na seleção brasileira logo após a saída de Sylvinho, no último 17 de maio, data da convocação para a competição. O ex-auxiliar de Tite foi convidado pelo ex-jogador e agora dirigente Juninho Pernambucano para assumir o cargo de técnico do Lyon. O profissional não teve dúvidas mesmo às vésperas do torneio continental e arrumou as malas rumo ao novo desafio.


De posse de um tablet nas mãos, Matheus foi flagrado pelas câmeras passando instruções técnicas, táticas, estatísticas (não importa) para Everton Cebolinha, aos 26 minutos do segundo tempo. A cena chamou tanto a atenção que nem o narrador Galvão Bueno, sabe-se lá por qual razão, identificou o profissional.

Matheus já era figurinha carimbada na seleção. Enquanto o auxiliar Cléber Xavier dividia a bancada de entrevistas coletivas, Matheus se sentava entre os profissionais de imprensa. Já Tite, que sempre fez questão de levantar valores éticos mesmo em assuntos extra-campo, não passou a ser uma pessoa melhor ou pior por empregar o filho, mas falta futebol ao time.


Mesmo diante de um futebol dos mais burocráticos, Tite de novo vai exercendo seu papel de paizão e passando a mão na cabeça dos jogadores. Como se não bastasse, agora dá tamanha autoridade ao filho em um momento tão complicado na Copa América.

O Brasil joga a liderança do Grupo A contra o Peru. A partida acontece no sábado (22), às 16 horas (de Brasília), na Arena Corinthians, em São Paulo.

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