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BRASILEIRO 2022

Suspeito de crime teria telefonado para dar pêsames à mãe de Daniel

Segundo um familiar do jogador, o empresário Edison Brittes Junior teria ligado para a mãe do atleta dias depois do crime e oferecido ajuda à família

Futebol|Cesar Sacheto, do R7

Daniel foi brutalmente assassinado em São José dos Pinhais (PR)
Daniel foi brutalmente assassinado em São José dos Pinhais (PR)

Familiares do jogador Daniel Corrêa, de 24 anos, assassinado em São José dos Pinhais (PR), afirmaram com exclusividade ao R7 que o empresário Edison Brittes Junior, preso na última quinta-feira (1º), telefonou para a mãe da vítima dois dias do crime para dar os pêsames e oferecer auxílio. A revelação é de um parente próximo de Daniel, que mora em Conselheiro Lafaiete (MG), cidade onde o atleta passou a infância.

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Preocupados com o desaparecimento de Daniel — que estava emprestado pelo São Paulo ao São Bento —, os parentes passaram a perguntar a amigos do jogador onde ele poderia estar e descobriram a festa que estava sendo realizada na casa da família Brittes.

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"Esse maluco ligou para a mãe dele [Daniel]. Foi um negócio bem de sangue frio mesmo. Se o Daniel tivesse estuprado, ele não ligaria para a mãe [do estuprador] e falaria sobre sentimentos dele. Não se estivesse defendendo a honra da família. Esse cara está inventando a versão dele", acusou o parente da vítima.

Edison, suspeito do crime, com a mulher
Edison, suspeito do crime, com a mulher

Os ataques à memória de Daniel também têm causado ainda mais sofrimento aos familiares, segundo o familiar, que pediu para não ser identificado por temer retaliações por parte dos suspeitos.


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"Estamos feridos, porque não temos a nossa versão, somente a deles. Antes, o Daniel era um coitado e agora é um estuprador que merecia ter morrido. Como a filha dele irá crescer com pessoas dizendo que o pai dela era estuprador?", completou o parente do meia, citando a menina de dois anos, filha de Daniel.


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O familiar rechaçou a hipótese de que Daniel tenha violentado a mulher do empresário, também detida por participação no homicídio, junto com a filha, de 18 anos, de quem o jogador era amigo e participou da festa de aniversário de 17 anos, em 2017 — em vídeo, ela diz que conheceu o atleta há menos de um ano.

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Post da filha de Edison nas redes sociais
Post da filha de Edison nas redes sociais

"Acredito que ele tenha feito sexo com a moça [mulher de Edison] consensualmente, o rapaz [Edison] entrou no quarto e flagrou eles dormindo juntos. Não à toa, Daniel foi encontrado descalço, provavelmente do jeito que eles o tiraram do quarto e fizeram o que fizeram", disse.

Timidez e relação com a família

O parente conta que era muito próximo de Daniel. "A gente jogava bola juntos. O Daniel era muito próximo da família. Fazia questão de ver todo mundo quando vinha para cá. Inclusive a avó, de 92 anos".

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Ainda segundo ele, o meia era tranquilo, mais tímido com quem não tinha intimidade e também possuía poucas amizades devido à vida de futebolista. 

"Pelo fato de viver viajando, porque jogou em vários clubes, tinha um grupo de amigos bem menor e estava sempre em contato com essa turma", relembrou o jovem.

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