Suspeito de crime teria telefonado para dar pêsames à mãe de Daniel
Segundo um familiar do jogador, o empresário Edison Brittes Junior teria ligado para a mãe do atleta dias depois do crime e oferecido ajuda à família
Futebol|Cesar Sacheto, do R7
Familiares do jogador Daniel Corrêa, de 24 anos, assassinado em São José dos Pinhais (PR), afirmaram com exclusividade ao R7 que o empresário Edison Brittes Junior, preso na última quinta-feira (1º), telefonou para a mãe da vítima dois dias do crime para dar os pêsames e oferecer auxílio. A revelação é de um parente próximo de Daniel, que mora em Conselheiro Lafaiete (MG), cidade onde o atleta passou a infância.
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Preocupados com o desaparecimento de Daniel — que estava emprestado pelo São Paulo ao São Bento —, os parentes passaram a perguntar a amigos do jogador onde ele poderia estar e descobriram a festa que estava sendo realizada na casa da família Brittes.
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"Esse maluco ligou para a mãe dele [Daniel]. Foi um negócio bem de sangue frio mesmo. Se o Daniel tivesse estuprado, ele não ligaria para a mãe [do estuprador] e falaria sobre sentimentos dele. Não se estivesse defendendo a honra da família. Esse cara está inventando a versão dele", acusou o parente da vítima.
Os ataques à memória de Daniel também têm causado ainda mais sofrimento aos familiares, segundo o familiar, que pediu para não ser identificado por temer retaliações por parte dos suspeitos.
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"Estamos feridos, porque não temos a nossa versão, somente a deles. Antes, o Daniel era um coitado e agora é um estuprador que merecia ter morrido. Como a filha dele irá crescer com pessoas dizendo que o pai dela era estuprador?", completou o parente do meia, citando a menina de dois anos, filha de Daniel.
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O familiar rechaçou a hipótese de que Daniel tenha violentado a mulher do empresário, também detida por participação no homicídio, junto com a filha, de 18 anos, de quem o jogador era amigo e participou da festa de aniversário de 17 anos, em 2017 — em vídeo, ela diz que conheceu o atleta há menos de um ano.
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"Acredito que ele tenha feito sexo com a moça [mulher de Edison] consensualmente, o rapaz [Edison] entrou no quarto e flagrou eles dormindo juntos. Não à toa, Daniel foi encontrado descalço, provavelmente do jeito que eles o tiraram do quarto e fizeram o que fizeram", disse.
Timidez e relação com a família
O parente conta que era muito próximo de Daniel. "A gente jogava bola juntos. O Daniel era muito próximo da família. Fazia questão de ver todo mundo quando vinha para cá. Inclusive a avó, de 92 anos".
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Ainda segundo ele, o meia era tranquilo, mais tímido com quem não tinha intimidade e também possuía poucas amizades devido à vida de futebolista.
"Pelo fato de viver viajando, porque jogou em vários clubes, tinha um grupo de amigos bem menor e estava sempre em contato com essa turma", relembrou o jovem.
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