Seleção encerra participação nas Eliminatórias com diversas marcas negativas; veja

Com a derrota por 1 a 0 diante da Bolívia, em El Alto, o Brasil concluiu sua participação nas Eliminatórias Sul-Americanas com inúmeras marcas negativas e com a pior campanha da história do nosso futebol. Com 28 pontos, a seleção brasileira teve sua pior pontuação considerando todas as edições do torneio, e ficou atrás de Argentina, Equador, Colômbia e Uruguai.

A 5ª colocação, em todas as edições anteriores das Eliminatórias, deixaria o Brasil apenas com uma vaga na repescagem. No entanto, com o aumento no número de seleções participantes na Copa do Mundo, a Conmebol ganhou mais duas vagas e agora são seis nações que se classificam de forma direta para o Mundial. Dessa forma, mesmo com a pior colocação em sua história, o Brasil ainda assim conseguiu a classificação.

Além da pontuação e o quinto lugar, marcas negativas nunca antes “alcançadas” pela amarelinha, a seleção brasileira também teve a campanha com o menor número de vitórias (8 em 18 jogos), maior número de derrotas (6 em 18 jogos) e com mais gols sofridos (17 em 18 jogos).

Quatro treinadores num ciclo

A pior campanha da história da seleção brasileira em Eliminatórias não veio por acaso. Após a saída de Tite em 2022, o Brasil teve o interino Ramon Menezes, Fernando Diniz e Dorival Jr. antes da chegada de Carlo Ancelotti. O primeiro só comandou o time em três amistosos, com derrotas para Senegal (2 a 4) e Marrocos (1 a 2), e uma única vítória diante de Guiné (4 a 1).

Já Fernando Diniz assumiu com o papel de fazer a “transição” para a chegada de Ancelotti. Na época, porém, “esqueceram” de combinar com o italiano, e Diniz acabou sendo efetivado no cargo. Com ele, a seleção começou as Eliminatórias de forma brilhante, vencendo a Bolívia por 5 a 1 na primeira rodada e o Peru, por 1 a 0, na rodada seguinte.

Depois, porém, o trabalho desandou. Após empate por 1 a 1 com a Venezuela, o Braisl perdeu os três jogos seguintes, contra Uruguai, Colômbia e Argentina, e Diniz acabou sendo demitido. Para o seu lugar, veio Dorival Jr., que também deixou muito a desejar.

Em seu início, Dorival até que foi bem com vitória sobre Inglaterra, por 1 a 0, e empate contra a Espanha, por 3 a 3. Depois, venceu o México, por 3 a 2, e empatou com os EUA por 1 a 1. Apesar do desempenho relativamente bom nos quatro amistosos, tudo ruiu após a disputa da Copa América, em que o Brasil caiu nas quartas, para o Uruguai, após campanha sofrível na fase de grupos.

Na volta das Eliminatórias, Dorival Jr. não conseguiu recuperar o time e somou quatro vitórias, dois empates e duas derrotas. Seu último jogo foi na goleada de 4 a 1 da Argentina sobre o Brasil, que decretou o fim da passagem do treinador na pentacampeã do mundo.

Próximos desafios

Agora com Ancelotti, o Brasil só volta a campo em outubro. No dia 10, a seleção encara a Coreia do Sul, em Seul, às 8h (de Brasília). Quatro dias depois, em Tóquio, às 7h30 (de Brasília), a amarelinha enfrenta o Japão.