Se Diniz for demitido, Vasco fará a 17ª troca de técnico em cinco anos

Fernando Diniz está na corda bamba após a eliminação precoce na Sul-Americana de forma vexatória. O Vasco perdeu a primeira partida dos playoffs por 4 a 1 para o Independiente Del Valle, e na partida de volta, não conseguiu reagir, sem sair do empate por 1 a 1.

A equipe, que está à beira da zona de rebaixamento do Brasileirão, contratou Diniz com o objetivo de conseguir avançar na Sula e se recuperar na tabela, mas, desde então, apenas manteve o desempenho que apresentou sob comando de Carille, que deixou o clube na 17ª colocação do campeonato. Caso o técnico seja demitido, essa seria a 17ª troca de treinador do Vasco nesta década.

Em cinco anos, foram 15 técnicos diferentes, entre eles, o único que teve duas passagens foi Diniz. A primeira foi em 2021, ano que o clube tentava escapar da Série B. O técnico não conseguiu o acesso à primeira divisão.

O treinador com melhor aproveitamento foi Zé Ricardo com 12 vitórias em 25 jogos. Contudo, o comandante, que fazia boa campanha de acesso para a Série A, deixou o clube para se juntar à equipe japonesa Shimizu S-Pulse no meio da temporada, e deixou uma missão difícil para seus sucessores.

Maurício Souza e Jorginho, que duraram, respectivamente oito e dez jogos no cargo, mas conseguiram o acesso. Por outro lado, o português Álvaro Pacheco foi quem menos durou na posição, apenas quatro jogos, três derrotas e um aproveitamento de 8,3%.

Em 2024, temporada que o clube fez a melhor campanha dos últimos anos, terminando o Brasileirão em 10º, classificando-se para a Sul-Americana, o Vasco teve três técnicos. Ramón Díaz, Pacheco e Rafael Paiva, que foi demitido na 35ª rodada do campeonato.

Para os últimos três jogos, o Vasco teve que ser comandado pelo interino Felipe Maestro, que repetiu a função este ano, cobrindo a saída de Fábio Carille.

Todos os técnicos do Vasco nesta década

• Abel Braga (2020)

14 jogos, 4 vitórias, 5 empates e 5 derrotas. Aproveitamento: 40%

• Ramón Menezes (2020)

18 jogos, 8 vitórias, 4 empates e 6 derrotas. Aproveitamento: 52%

• Ricardo Sá Pinto (2020)

15 jogos, 3 vitórias, 6 empates e 6 derrotas. Aproveitamento: 33%

• Vanderlei Luxemburgo (2020-2021)

12 jogos, 3 vitórias, 4 empates e 5 derrotas. Aproveitamento: 36%

• Marcelo Cabo (2021)

29 jogos, 13 vitórias, 10 empates e 6 derrotas. Aproveitamento: 56%

• Lisca (2021)

12 jogos, 4 vitórias, 1 empate e 7 derrotas. Aproveitamento: 36%

• Fernando Diniz (2021)

12 jogos, 4 vitórias, 3 empates e 5 derrotas. Aproveitamento: 42%

• Zé Ricardo (2022)

25 jogos, 12 vitórias, 8 empates e 5 derrotas. Aproveitamento: 59%

• Maurício Souza (2022)

8 jogos, 3 vitórias, 2 empates e 3 derrotas. Aproveitamento: 46%

• Jorginho (2022)

10 jogos, 5 vitórias, 2 empates e 3 derrotas. Aproveitamento: 57%

• Maurício Barbieri (2023)

24 jogos, 9 vitórias, 4 empates e 11 derrotas. Aproveitamento: 43%

• Ramón Díaz (2023-2024)

41 jogos, 17 vitórias, 11 empates e 13 derrotas. Aproveitamento: 50%

• Álvaro Pacheco (2024)

4 jogos, 3 derrotas e um empate. Aproveitamento: 8,3%

• Rafael Paiva (2024)

35 jogos, 13 vitórias, 10 empates e 12 derrotas. Aproveitamento: 46,6%

• Fábio Carille (2024-2025)

21 jogos, 9 vitórias, 5 empates e 7 derrotas. Aproveitamento: 50,7%

• Fernando Diniz (2025 - até o momento)

11 jogos, 3 vitórias, 3 empates e 5 derrotas. Aproveitamento: 36%

*Sob supervisão de Camila Juliotti