São Paulo bate Palmeiras e volta à final do Paulista após 16 anos
Clássico no Allianz teve primeiro tempo morno e foi decidido nas cobranças de pênaltis. No tempo normal, Antony e Deyverson tiveram seus gols anulados
Futebol|Wemerson Ribeiro, do R7*
O São Paulo quebrou o jejum de sete jogos sem vitórias dentro do Allianz Parque e se classificou à final do Campeonato Paulista após 16 anos, neste domingo (7). Em jogo pegado e com poucas chances reais, o jogo foi decidido nos pênaltis.
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Antes da bola rolar, o torcedor do São Paulo foi surpreendido com a notícia de que o atacante Pablo tinha sido cortado da lista oficial por conta de uma lesão na panturilha direita. Ele ainda tinha sido relacionado para o encontro, mas, sem conseguir se recuperar a tempo, foi substituido por Everton, camisa 22. Foi o primeiro contratempo de Cuca à frente do time Tricolor, que começou pressionado pelo Palmeiras.
O JOGO
O primeiro lance de algum perigo aconteceu logo aos 12 minutos com a intervenção de Volpi em um cruzamento rasteiro na área. No rebote, o zagueiro Luan desviou para escanteio. Até os 30' do 1º, as principais tentativas do São Paulo se passaram, em sua maioria, pelo lado esquerdo, com o apoio de Reinaldo e Everton.
Fernando Prass fechou o gol palmeirense no lance mais importante do São Paulo no 1º tempo, com Antony. Apesar da bela defesa e de algumas investidas pontuais, as equipes pouco criaram, e os primeiros 45 minutos terminaram sem gols no Allianz.
ETAPA COMPLEMENTAR
O segundo tempo começou eletrizante. Logo aos 3 minutos de partida, Liziero recebeu a bola na entrada da área, dominou com a perna esquerda e finalizou para as redes. O bandeirinha sinalizou o impedimento, e a equipe do VAR confirmou a irregularidade. Aos 10', Deyverson já havia "devolvido" o golpe, obrigando Volpi a trabalhar.
Aos 32', foi a vez do palmeirense comemorar um gol posteriormente anulado. Aos 32 minutos do 2º tempo, Deyverson recebeu, em posição de impedimento, e finalizou para o gol. Mais uma vez acionada, a equipe da arbitragem de vídeo assinalou o cancelamento do gol.
Nem os seis minutos de acréscimos foram suficientes para o placar ser aberto. Sem definição nos dois jogos, a partida foi para os pênaltis.
As finais do Campeonato Paulista estão marcadas para acontecer nos próximos dois domingo, dias 14 e 21 de abril. O outro finalista sai do confronto entre Santos e Corinthians, que acontece nesta segunda-feira (8), às 20h, no Pacaembu.
O goleiro do São Paulo, Tiago Volpi, foi o principal personagem nas disputas. Responsável por bater — e desperdiçar — a última cobrança, o substituto de Jean na meta tricolor voou para defender o chute de Zé Rafael.
É a primeira final no módulo mata-mata do São Paulo desde 2003, mas com uma observação especial para 2006, quando o Tricolor disputou diretamente com o Santos o título estadual no formato de pontos corridosl.
Ficha Técnica
PALMEIRAS 0 (4)x (5) 0 SÃO PAULO
7/4 – Allianz Parque (São Paulo)
Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (SP); Gol: ------.
PALMEIRAS: Fernando Prass; Victor Luis (Diogo Barbosa, aos 28' do 2º), Gustavo Gómez, Luan e Mayke; Bruno Henrique, Felipe Melo e Ricardo Goulart; Dudu, Deyverson e Gustavo Scarpa (Zé Rafael, aos 20' do 2º) Técnico: Felipão.
SÃO PAULO: Volpi; Hudson, Bruno Alves, Arboleda e Reinaldo (Léo, aos 23' do 2º); Luan, Liziero e Igor Gomes (Nenê, aos 31' do 2º); Antony, Everton (Carneiro, aos 17' do 2º) e Everton Felipe Técnico: Cuca.
* Estagiário do R7, sob supervisão de Isadora Tega
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