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Ruschel: "A tristeza não cabe mais"

Jogador da Chapecoense foi primeiro sobrevivente a retornar ao futebol

Futebol|Dado Abreu, do R7


Alan Ruschel ficou 251 dias afastado do futebol
Alan Ruschel ficou 251 dias afastado do futebol

No total 251 dias de afastamento, desde o resgate até o retorno ao futebol. Foram pouco mais de 35 minutos em campo, discretos, mas que representaram um dos grandes casos de superação da história do esporte. Alan Ruschel, um dos três jogadores sobreviventes da tragédia com o avião da Chapecoense, voltou aos campos em agosto, em amistoso contra o Barcelona. A partida aconteceu no Camp Nou e terminou com goleada dos donos da casa, por 5 a 0. Mas, o placar pouco importou.

Desde então, Alan Ruschel passou a ser relacionado para uma série de jogos oficiais da Chapecoense. A reestreia diante da torcida verde e branca na Arena Condá foi no empate com o Flamengo, pela Copa Sul-Americana, em setembro. Atuando como meia, posição que também passou a desempenhar depois de voltar a jogar, ele foi um dos destaques da partida e deixou o campo ovacionado. Da mesma forma como tem sido ao redor do País, dia após dia, jogo a jogo, vencendo cada desafio.

"Hoje o pessoal já não me vê mais como um sobrevivente, mas como um atleta como os demais. Participei de alguns jogos como titular, outros fiquei no banco. O mais importante é que estou feliz com cada um desses momentos", comemorou Ruschel em entrevista ao R7.

"Claro que agora, quando se completa um ano do acidente, as lembranças são inevitáveis, mas é importante separar a saudade da tristeza. A saudade a gente vai carregar para o resto da vida, por tantas pessoas boas que nos deixaram, já a tristeza acho que não cabe mais em mim. Estou feliz, voltei a jogar e a fazer o que eu mais amo".

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Presente em 15 jogos da Chapecoense no Campeonato Brasileiro, Alan Ruschel foi um dos responsáveis por manter a equipe catarinense na Série A. O feito, consumado após o empate com o Atlético-GO, foi muito comemorado pelo elenco que foi completamente remontado no início do ano. 

"É como um título para nós depois de tudo que o clube tem passado. Nunca escondemos que neste ano nosso objetivo seria a permanência na Primeira Divisão. Fizemos um bom trabalho. Conseguimos o título do Campeonato Catarinense, fomos bem na Libertadores, chegamos a ficar em primeiro colocado por algumas rodadas no Brasileiro e terminamos com chave de ouro, com a permanência na elite. A gente está muito feliz", resumiu Ruschel. 

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Neto e Follman

Na madrugada do dia 28 para 29 de novembro de 2016, o avião que levava a delegação da Chapecoense - além de alguns profissionais de imprensa - para a decisão da Copa Sul-Americana, diante do Atlético Nacional, na Colômbia, caiu nos arredores de Medellín. O acidente deixou 71 mortos e apenas seis sobreviventes, entre os quais, Ruschel, Neto e Jackson Follmann, três jogadores do clube.

O zagueiro Neto já retornou aos treinos da Chapecoense, mas ainda precisa de cuidados antes de atuar. Follmann teve parte da perna direita amputada e precisou abandonar o futebol.

Ruschel renovou contrato com a Chape até o final de 2018
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