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BRASILEIRO 2022
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PC Caju 'estreou' as substituições do Brasil e foi o 12º jogador no tri de 70

Copa do México foi a primeira em que reservas puderam entrar durante os jogos. Paulo César Caju e outros quatro do elenco também atuaram

Futebol|Paulo Guilherme, do R7


Seleção contou com os 11 titulares e quatro reservas que entraram em campo em 70
Seleção contou com os 11 titulares e quatro reservas que entraram em campo em 70

Não foi só com a participação na conquista do tricampeonato mundial em 1970 que Paulo César Caju marcou seu nome da história do futebol. Ele foi também o primeiro jogador reserva da seleção brasileira a entrar em campo durante uma partida de Copa do Mundo. No domingo (21), o Brasil comemora 50 anos do tri.

As substituições durante o jogo só foram permitidas a partir do Mundial disputado no México. Até então, se um jogador se machucasse, tinha que ficar se arrastando em campo ou ir para o vestiário e seu time ficava com um a menos. E se estivesse jogando mal, também não podia sair.

Paulo César Caju estreou as substituições do Brasil nas Copas na primeira partida de 1970, contra a Checoslováquia. Entrou no lugar de Gérson, que sentiu um problema muscular. Caju foi para a ponta-esquerda e Rivellino foi para o meio fazer a função de Gérson na armação das jogadas.

Ele continuou como titular nas duas partidas seguintes, contra Inglaterra e Romênia, até que Gérson, recuperado, voltasse ao time, já nas quartas-de-final, contra o Peru. Naquele jogo, Paulo César entrou no decorrer da partida novamente no lugar de Gérson. Ele foi o 12º elemento do time tricampeão.

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O lateral-esquerdo Marco Antônio
O lateral-esquerdo Marco Antônio

Outros quatro reservas que entraram na campanha do tri. O atacante Roberto Miranda substituiu Tostão nos 30 minutos finais do jogo contra os ingleses. Vendo o companheiro à beira do campo pronto para entrar, Tostão partiu com a bola rumo ao gol, foi travado e cruzou para Pelé, que tocou para Jairzinho fazer o gol da vitória. Depois disso, nunca mais Tostão saiu

No jogo contra a Romênia, o último da fase de grupos, o técnico Zagallo poupou Rivellino. O zagueiro Fontana entrou como titular e Piazza foi para o meio-de-campo.

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Durante a partida, outros dois reservas entraram: o lateral-esquerdo Marco Antônio, no lugar e Everaldo, e o ponta-esquerda Edu, no lugar de Clodoaldo.

Marco Antônio também entrou no lugar de Everaldo durante o jogo contra o Peru. Ele era mais ofensivo que o titular, um especialista na marcação.

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Nas duas partidas finais, contra Uruguai e Itália, Zagallo não mexeu mais no time. A seleção de 1970 estava afinadíssima.

Veja outras histórias de reservas do Brasil em Copas

1974 – O atacante Valdomiro foi o primeiro jogador do Brasil a sair do banco e fazer um gol em uma Copa do Mundo. Ele entrou no lugar de Leivinha no segundo tempo do jogo contra o Zaire e marcou o último gol da vitória da seleção por 3 a 0 sobre os africanos.

1978 – O meia Jorge Mendonça ficou 29 minutos fazendo aquecimento até entrar em campo durante o jogo Brasil x Espanha. Um recorde. E Rivellino (foto) estava sem boas condições físicas e passou a Copa de 1978 quase toda na reserva. Ele entrou em campo na disputa do terceiro lugar contra a Itália em sua última partida com a camisa da seleção.

1982 – Na Copa de 1982, o volante Batista entrou aos 39 minutos do segundo tempo para marcar Maradona. No primeiro lance, Maradona se irritou, deu um coice na barriga de Batista e foi expulso. Batista não se recuperou da lesão e ficou de fora, inclusive do banco de reservas, da partida seguinte, contra a Itália.

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1986 – Zico tinha sido operado do joelho e ficou na reserva na Copa de 1986. Entrou durante os jogos contra a Irlanda do Norte, Polônia e França. Contra os franceses, perdeu um pênalti que poderia ter dado a vitória ao Brasil no tempo normal da partida.

1990 – Cortado da Copa de 1986, o atacante Renato Gaúcho foi reserva em 1990 e jogou míseros seis minutos da partida contra a Argentina. Entrou depois que Caniggia fez o gol dos argentinos, em uma tentativa desesperada do Brasil empatar. Não resolveu.

1994 – Viola foi a surpresa do técnico Carlos Alberto Parreira ao entrar após o intervalo da prorrogação da final contra a Itália. Descansado sob um calor de 40 graus, infernizou a defesa italiana. Não fez gols, mas a série de chapéus que deu nos adversários entrou para a história.

1998 – Edmundo estava pronto para jogar a final contra a França depois da convulsão de Ronaldo quando o Fenômeno apareceu nos vestiários do Stade de France dizendo que estava bem e queria jogar. Edmundo entrou em campo só aos 30 minutos do segundo tempo, já com Zidane tendo feito dois gols no Brasil, e a única coisa que fez foi dar uma bronca em Rivaldo por jogar a bola para fora fazendo fair play para um francês que estava caído no campo.

2002 – A Copa do penta foi a que mais jogadores reservas atuaram. Apenas os goleiros Dida e Rogério Ceni não jogaram. Os demais – Belletti, Anderson Polga, Junior, Vampeta, Juninho Paulista, Ricardinho, Edilson, Luizão, Kaká e Denílson – jogaram ao menos alguns minutos de alguma das sete partidas. Na decisão contra a Alemanha, Juninho e Denílson entraram para segurar o jogo quando o Brasil já ganhava por 2 a 0. Kaká iria entrar no final, mas o árbitro terminou a partida antes de a substituição ser feita.

2006 – Na Copa de 2006, Fred bateu o recorde como o reserva mais efetivo: entrou aos 42 minutos do jogo contra a Austrália e, dois minutos depois, fez o segundo gol do Brasil. Também naquele Mundial houve a primeira e única substituição de um goleiro brasileiro durante uma partida de Copa: Rogério Ceni entrou no lugar de Dida para jogar os dez minutos finais contra o Japão, em uma homenagem do técnico Parreira ao goleiro do São Paulo

2014 – Copa no Brasil: o reserva Fernandinho entrou durante a partida contra Camarões, fez um gol e ganhou a posição no time titular. Acabou naufragando com todo o time no vexame da derrota por 7 a 1 contra a Alemanha.

2018 – Na Copa disputada na Rússia, Firmino e Renato Augusto também foram reservas que entraram e marcaram gols. Firmino fez o segundo gol da vitória sobre o México, enquanto Renato Augusto entrou e fez o gol do Brasil na derrota por 2 a 1 para a Bélgica, que eliminou a seleção daquela Copa.

Zagallo tinha sua seleção brasileira muito bem montada naquela Copa de 1970
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