Opinião: Ganso, vamos jogar mais e falar menos
Jogador do São Paulo se preocupa mais em criticar do que apresentar bom futebol
Futebol|Do R7*
Paulo Henrique Ganso apareceu pro futebol em 2009, mas despontou em 2010, quando foi um dos principais responsáveis pela conquista do Paulistão pelo Santos. Porém, após sua lesão neste mesmo ano, nunca mais foi mesmo. Passou a alternar entre boas e más...
Paulo Henrique Ganso apareceu pro futebol em 2009, mas despontou em 2010, quando foi um dos principais responsáveis pela conquista do Paulistão pelo Santos. Porém, após sua lesão neste mesmo ano, nunca mais foi mesmo. Passou a alternar entre boas e más partidas, pendendo mais para o lado negativo. Sua saída do Santos para o São Paulo foi conturbada, e o atleta coleciona polêmicas ao longo da curta carreira e rusgas com Muricy Ramalho

Quando Ganso começou a brilhar com a camisa do Santos em 2010, no Paulistão, pensei que o Brasil havia encontrado seu novo camisa 10. Dono de uma maestria fora do comum, encantava o País ao lado de Neymar e Robinho. Desde o começo ele já provou ser um atleta com personalidade e um tanto quanto desobediente. Quem não se lembra de sua recusa em sair do jogo na decisão do Campeonato Paulista 2010?
Prova de todo o seu talento é que o meio-campista foi cotado para disputar a Copa do Mundo daquele ano, porém, Dunga, técnico do Brasil na época, optou por não levá-lo. Então, veio a sua primeira lesão, em uma partida diante do Grêmio em agosto de 2010, e nunca mais ele foi o mesmo. Começou a alternar entre boas e más atuações. E passou a se envolver em mais polêmicas.
A maior delas foi a novela sobre sua renovação com o Santos, em julho de 2012. O jogador pedia um salário alto demais para o futebol que apresentava, quando jogava, naquela época. O estopim para sua conturbada saída do Santos foi após uma péssima exibição na Vila Belmiro, diante do Bahia, em agosto daquele ano, quando torcedores jogaram moedas o chamando de mercenário.
Três meses depois, ele chega ao São Paulo com a fama de ser um ‘jogador de vidro’ e desagregador, mas com a esperança de reencontrar o bom futebol e compensar todo o dinheiro investido nele.
Entretanto, até hoje o jogador ainda não justificou o investimento e ainda não apresentou o bom futebol do longínquo ano de 2010. Continua alternando em jogos bons e ruins, mas ficando no banco e arranjando confusão com Muricy Ramalho, que já trabalhou com ele no Santos em 2011 e 2012.
O meio-campista prefere falar mais a jogar. Primeiro disse que é o único jogador da posição dele acima da média. Porém, dentro de campo não prova isso. A verdade é que hoje não temos um camisa 10 cerebral que dê gosto de vê-lo jogar. Ganso tem talento pra isso, mas não mostra, prefere ficar falando.
Após o empate diante do Coritiba, no sábado (3), Ganso reclamou por estar no banco, criticou o esquema utilizado por Muricy Ramalho e, sem modéstia alguma, falou que o time melhorou após sua entrada. Justiça seja feita, o gol de empate do Tricolor saiu de seus pés. Só que isso não é o bastante, é mais que obrigação dele deixar os jogadores na cara do gol.
Entretanto, isso tem que ser recorrente, afinal um jogador acima da média é regular, o que ele não é. Tem que chamar mais o jogo para si, participar mais, ele é o responsável pela criação de jogadas. Além disso, não deve criticar o próprio treinador, ainda mais Muricy Ramalho, que entende mais de São Paulo do que ele e decide se o camisa 10 joga ou não.
*Vitor Costa, estagiário do R7