Neymar precisa recuperar em campo o respeito perdido fora dele
Craque precisa mostrar mais comprometimento no PSG e seleção. Franceses parecem ter acabado com o pode tudo. Que Tite e CBF sigam esse exemplo
Futebol|Eduardo Marini, do R7
Neymar precisa recuperar em campo o respeito e a autoridade que perdeu fora dele.
O jogador, todos sabemos, é especial, único fora de série do elenco da seleção brasileira na atualidade.
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Mas, no gramado, continua a pagar caro pela fama construída, dentro de campo, de encenador espalhafatoso, com suas capotagens intermináveis a cada choque, falta ou assopro do adversário. E também chororôs intermináveis de reclamação com árbitros e zagueiros rivais depois de cada rola-rola.
No empate de 2 a 2 contra a Colômbia, nesta sexta-feira (6), o craque, é verdade, teve um comportamento um pouco mais equilibrado.
Jogou a primeira etapa com o freio de mão puxado. Correu pouco, reclamou menos, sobretudo no primeiro tempo, e foi decisivo para evitar a derrota brasileira, colocando a bola na cabeça de Casemiro no primeiro gol e marcando o segundo.
Neymar é craque top de linha no mundo, mas precisa recuperar sua imagem, o respeito dos adversários e da mídia mundial com boas coisas feitas e atitudes tomadas em campo.
Jogar ele sabe - e muito – não há quem tenha dúvida. O que precisa é adotar uma postura mais séria e comprometida, com um relacionamento mais sério e equilibrado com os rivais, e nada de tiques de intocável.
Mais do que nunca, ele precisa fazer isso nos treinos, com disciplina e comprometimento no seu clube, o Paris Saint-Germain, e também na seleção.
A forma como o colombiano Davinson Sánchez deu nele uma banda, no segundo tempo, mostra que o respeito pela personalidade do futebol, entre os rivais, está longe de ser o mesmo.
Por pouco Neymar não teve uma recaída e saiu, como nos velhos tempos, a rolar até o final da semana. Ao se levantar, reclamou uma eternidade com o árbitro e não aceitou os cumprimentos de Sánchez. O árbitro sequer falta deu.
O PSG contrariou Neymar pela primeira vez e o fez ficar. Parece ter acabado com “faça o que quiser”. Que Tite e a seleção, que sempre olham para o lado neste tema, façam o mesmo. E o próprio craque aprenda a lição. Ainda há tempo.
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