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Neymar enfrenta julgamento em Barcelona a um mês da Copa do Mundo

Transferência do jogador do Santos para o clube catalão é alvo de investigação das autoridades espanholas; entenda

Futebol|Da AFP

Neymar passou quase duas horas na sala de audiências
Neymar passou quase duas horas na sala de audiências Neymar passou quase duas horas na sala de audiências

A apenas um mês da Copa do Mundo do Catar, o astro brasileiro Neymar reencontrou, nesta segunda-feira (17), um passado incômodo em Barcelona, onde começou o julgamento pelas irregularidades em sua polêmica contratação pelo clube catalão há quase uma década.

O jogador do Paris Saint-Germain, que saiu do Barça em 2017 em uma contratação milionária do clube francês, chegou ao tribunal ao lado dos pais, também processados no caso.

O jogador, que na noite anterior marcou o gol da vitória do PSG contra o Marselha no campeonato francês, passou quase duas horas na sala de audiências, sentado na primeira fila de um grande banco para réus.

Devido às poucas horas de descanso, a defesa de Neymar solicitou que o atleta e seus pais deixassem a audiência mais cedo, e obteve autorização da Justiça.

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Pouco antes do meio-dia, Neymar saiu do tribunal, localizado em uma área central de Barcelona, acompanhado de sua mãe, enquanto seu pai decidiu ficar com os demais réus.

A extensa saga judicial provocada pela transferência de Neymar em 2013 dos Santos para o Barcelona tem um novo capítulo em um tribunal da cidade espanhola, com o início do julgamento da ação apresentada há sete anos pelo grupo DIS, fundo que possuía parte dos direitos econômicos do atleta quando ele era um promissor atacante do clube paulista. 

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Neymar, que a partir de 20 de novembro vai liderar a seleção do Brasil no Mundial do Catar, é acusado do crime de corrupção empresarial pelo Ministério Público, que pede dois anos de prisão e o pagamento de multa de 10 milhões de euros.

Ao lado do jogador do PSG também são processados seus pais, os ex-presidentes do FC Barcelona Sandro Rosell — para quem o MP solicita cinco anos de prisão por corrupção e fraude — e Josep Maria Bartomeu, assim como o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues Filho.

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Os outros acusados são três pessoas jurídicas: FC Barcelona, Santos FC e a empresa fundada pelos pais de Neymar para administrar sua carreira.

Todos foram convocados para a primeira das sete audiências do julgamento, que deve prosseguir até 31 de outubro.

De acordo com o cronograma inicial, o depoimento do jogador está previsto para sexta-feira (21) ou sexta-feira (28), como as outras pessoas físicas acusadas. Mas o documento não indica se ele prestará depoimento de maneira presencial.

Pais de Neymar também são alvo do processo na Espanha
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Pré-acordo secreto 

Antes, acontecerá outro depoimento muito aguardado, quando o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, testemunhará na terça-feira (18) por videoconferência para explicar, a pedido da DIS, como o pré-acordo assinado em segredo entre o Barça e o jogador em 2011 influenciou o mercado.

O FC Barcelona anunciou, em um primeiro momento, que a contratação de Neymar custou 57,1 milhões de euros (40 milhões para a família e 17,1 para o Santos), mas a justiça espanhola calculou que a operação custou ao menos 83 milhões de euros.

Para o DIS — fundo de investimento esportivo que pertencia ao grupo brasileiro de supermercados Sonda —, o Barça, Neymar e, mais tarde, o Santos se aliaram para ocultar o valor real da operação por meio de outros contratos dos quais ficou de fora.

A empresa, que adquiriu 40% dos direitos econômicos do jogador em 2009, recebeu 6,8 milhões de euros dos 17,1 pagos oficialmente ao clube brasileiro.

"Neymar Júnior, com a conivência de seus pais e do FC Barcelona e seus dirigentes no momento e do Santos FC (...) fraudou os legítimos interesses econômicos do DIS", afirmou Paulo Nasser, advogado da empresa, que denuncia que os direitos do jogador "não foram vendidos para a maior proposta".

Por considerar-se duplamente prejudicado, tanto por não ter recebido sua parte da transferência real quanto pelo contrato de exclusividade assinado por Neymar e o Barça — que impediu outros clubes de disputar a contratação do atacante —, o fundo DIS pede a restituição dos 35 milhões de euros que calcula ter perdido.

Como acusação particular, o grupo pede ainda cinco anos de prisão para o jogador, Rosell e Bartomeu, além de multas milionárias.

Os advogados de Neymar argumentam, no entanto, que o cliente não cometeu nenhum crime, já que os 40 milhões de euros corresponderam a um "bônus de contratação legal e habitual no mercado do futebol", e questionam se a Espanha tem a competência legal para o caso.

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