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BRASILEIRO 2022
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Na euforia por títulos, Flamengo trata incêndio como assunto interno

Cerca de nove meses depois da tragédia no Ninho do Urubu, time que está perto de levar Brasileiro e Libertadores indenizou quatro de dez famílias

Futebol|Eugenio Goussinsky, do R7


Dirigentes evitam falar sobre a questão neste momento
Dirigentes evitam falar sobre a questão neste momento

Em 8 de fevereiro de 2019, os meninos Arthur, Athila, Bernardo, Christian, Gedson, Jorge, Pablo, Rykelmo, Samuel e Vitor, todos entre 14 e 16 anos, morreram no incêndio em um dos alojamentos do Ninho do Urubu, do Flamengo.

Cerca de nove meses depois, o clube vive um dos ápices de sua história no futebol, ao liderar com folga o Campeonato Brasileiro e estar na final da Copa Libertadores da América.

É inegável, neste paradoxo, que se questione até que ponto o clube se mostrou disposto a resolver o problema das indenizações para os familiares das vítimas, em detrimento de suas conquistas dentro de campo.

Mas a pergunta, neste momento, é considerada inoportuna pela maioria dos dirigentes do clube. Um deles, procurado pelo R7, se mostrou incomodado.

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"Quem disse que estou interessado em falar sobre isso? Não vou, estamos na final da Libertadores, não vou falar sobre esse assunto", disse, em tom irritado.

Outro conselheiro influente chegou a falar palavrões ao ser perguntado sobre o tema, acusando a imprensa paulista de conspiração contra o time do Rio de Janeiro.

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"Isso é coisa desses idiotas de São Paulo, falar isso só para conturbar nosso ambiente. O Fla vai ser campeão da Libertadores, Mundial, é isso que vai acontecer. Agora é hora de falar de futebol, não é hora de falar disso", esbravejou.

Contatada pelo R7, a assessoria de comunicação do Flamengo afirmou que essa questão é “assunto interno”.

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Alojados provisoriamente em conteineres, que pegaram fogo de madrugada, os atletas moravam longe de suas famílias.

Até o momento, o Flamengo fechou acordo com familiares de quatro vítimas, com a previsão de um pagamento de cerca de R$ 10 milhões em indenizações e pensões. Faltam ainda outras seis famílias. As negociações seguem pendentes.

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