Polícia Civil faz buscas na sede da Ferj
Reprodução/Record TV RioO MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e a Polícia Civil comandam nesta quarta-feira (18) uma operação que tenta desarticular uma quadrilha suspeita de desviar dinheiro de entidades ligadas ao futebol do Rio de Janeiro.
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Durante o cumprimento dos 13 mandados de busca e apreensão, o ex-presidente da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) e presidente do Saperj (Sindicato de Árbitros do Estado do Rio de Janeiro), Jorge Rabello, foi preso por posse de arma sem registro em casa, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro.
Batizada de Cartão Vermelho, a operação visitou endereços ligados a integrantes da Saperj e da Coopaferj (Cooperativa dos Árbitros de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), além das sedes destas entidades e da Ferj.
As investigações dos órgãos indicam que instituições da arbitragem carioca seriam responsáveis por crimes como formação de organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Segundo a Polícia Civil, a Coopaferj seria responsável por “arrecadar dinheiro para os dirigentes, sem nenhuma contraprestação ou transparência nas contas”.
A instituição também destaca que o presidente da Saperj seria o pivô do esquema, conquistando uma “evolução patrimonial incompatível com a função que ocupa”.
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O R7 procurou a Coopaferj e Saperj para se pronunciar sobre a operação Cartão Vermelho, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O portal mantém o espaço aberto para a manifestação os citados.
Nota da Ferj:
“Diante de um mandado judicial de busca e apreensão, determinado para ser realizado nas dependências da comissão de arbitragem (setor integrante do departamento de arbitragem), face a processo envolvendo o sindicato dos árbitros e cooperativa de árbitros, entidades autônomas e independentes, e ainda antigos dirigentes da comissão de arbitragem (Coaf), a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, na pessoa do seu presidente Rubens Lopes da Costa Filho, recebeu as autoridades em sua sede, facilitando e franqueando todas as dependências da Ferj para o que se fizesse necessário ao cumprimento do citado mandado, realizado de forma clara, imparcial, pacífica e rigorosa.
Compre-nos ressaltar que a Ferj preza por total transparência e lisura em seus procedimentos, repudia atos ilegais, pugna por correção, não faz parte de sindicatos ou cooperativas, não possui qualquer ingerência em relação a estes e coloca-se à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que permitam a busca da verdade e da justiça, na distinção e preservação da integridade de pessoas e instituições e punições de culpados.”
*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa