Manipulação por apostas: veja jogadores que não tiveram a mesma ‘sorte’ de Paquetá
Brasileiro foi considerado inocente das acusações por forçar cartões amarelos entre novembro de 2022 e agosto de 2023
Futebol|Do R7
RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O brasileiro Lucas Paquetá foi considerado inocente das acusações de manipulação por apostas esportivas em decisão que surpreendeu na última quinta-feira (31). A acusação era de que o atleta havia forçado cartões amarelos entre novembro de 2022 e agosto de 2023 para beneficiar financeiramente amigos e conhecidos do jogador na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.
Cerca de 60 entradas em sites de apostas foram feitas por pessoas ligadas ao jogador, um volume considerado anormal e suspeito. Após as investigações, a FA (Associação de Futebol, em português), entidade que regula o futebol no Reino Unido, considerou o jogador inocente, uma “sorte” que muitos outros atletas não tiveram quando enfrentaram o rigor da lei. Confira:
Sandro Tonali
Em outubro de 2023, quando havia recém sido contratado pelo Newcastle, o volante Sandro Tonali foi suspenso por dez meses, punição dada pela Federação Italiana de Futebol por conta do envolvimento do jogador com apostas ilegais na época em que ele vestia as cores do Milan. O atleta apostava em vitórias do próprio time, o que ainda assim não era permitido.
O jogador teve que cumprir todo o período de suspensão e só voltou a atuar pelo Newcastle na temporada seguinte. Na época da punição, Tonali havia sido contratado por 70 milhões de euros (cerca de R$ 364 milhões na cotação da época).
Leia mais
- Lucas Paquetá é inocentado em caso de manipulação de apostas esportivas
- Paquetá se manifesta pela primeira vez após resultado da investigação do caso de apostas
- Ida ao City, de Guardiola, espaço na Seleção, credibilidade. O que Paquetá perdeu até a declaração de sua inocência, hoje, de manipulação de apostas
Ivan Toney
Atualmente no Al-Ahli, da Arábia Saudita, Toney foi protagonista de um dos mais emblemáticos casos desse tipo de infração no futebol inglês. Na época, o atacante atuava pelo Brentford e foi suspenso por oito meses em maio de 2023.
Nas investigações, o atacante admitiu seu envolvimento com apostas. Segundo informações da imprensa inglesa, Toney chegou inclusive a apostar 13 vezes contra sua própria equipe em jogos da Premier League. O atleta também apostava que faria gols nas partidas.
Bradley Wood
Em 2018, Wood, na época do Lincoln City, que disputava a quinta divisão da Inglaterra, foi condenado a seis anos de suspensão por forçar cartões amarelos, acusação semelhante a que enfrentou Lucas Paquetá. No entanto, Wood não teve a mesma “sorte” do brasileiro.
A FA chegou a apelar da decisão, pedindo o banimento de Wood do futebol, mas o pedido não foi atendido. Ainda assim, a punição de seis anos foi mantida e o jogador foi, praticamente, forçado a se aposentar. Atualmente, o atleta está sem clube, mesmo que a pena já tenha acabado.
Wayne Shaw
Goleiro reserva do Sutton, que disputa a quinta divisão inglesa, Shaw protagonizou um momento inusitado ao ser flagrado comendo um sanduíche no banco de reservas durante partida contra o Arsenal, pela Copa da Inglaterra. O momento, que parecia inocente, serviu para a FA mostrar que, pelo menos até ali, nada escapava de seus esforços para coibir apostas esportivas.
As investigações descobriram que o goleiro fez aquilo de propósito, pois sabia que uma casa de apostas do país pagaria alto a quem apostasse que tal imagem seria transmitida na TV. Ele acabou sendo suspenso por dois meses e foi multado em aproximadamente R$ 1,5 mil pelo caso.
Daniel Sturridge e Kieran Trippier
Atacante e lateral-direito, Sturridge e Trippier foram punidos por repasse e abuso de informações privilegiadas. No primeiro caso, o atacante informou ao irmão que iria para o Sevilla para que o familiar apostasse na transferência em casas de apostas. Sturridge foi suspenso por quatro meses, em março de 2020.
Já Trippier foi punido em dezembro de 2020 por ter ele mesmo apostado na própria transferência para o Atlético de Madrid. O caso ocorreu em 2018 e o jogador foi suspenso por dez semanas.