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BRASILEIRO 2022
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Mãe de Danilo, da Chape, ainda 'espera' por mensagens do filho

"Toda hora pego o celular", confessa Dona Ilaídes, um ano após tragédia

Futebol|Osvaldo Albuquerque, Do R7


Dona Ilaídes (à esquerda), na Arena Condá no velório do filho Danilo Padilha
Dona Ilaídes (à esquerda), na Arena Condá no velório do filho Danilo Padilha

“Toda hora pego o celular esperando uma mensagem dele”. A frase é de Dona Ilaídes Padilha, mãe do goleiro Danilo, morto no acidente do avião da Chapecoense em 29 de novembro de 2016.

Ela conta que o “Paredão”, apelido carinhoso de Danilo, criou esse hábito após todos os jogos pelo clube catarinense. A espera pelo contato do filho é uma ferida que não se fecha. “Nossa família ainda está despedaçada, falta uma parte de nós”, desabafa.

Há exatamente um ano, a vida de Ilaídes Padilha, moradora da cidade de Cianorte, norte do Paraná, mudou radicalmente. Ela perdeu o “seu Danilo” para um acidente de avião que vitimou 71 pessoas na maior tragédia esportiva da história.

Entretanto, é só abrir a porta de casa que e olhar para o campo de futebol que fica em frente ao seu portão para as lembranças aflorarem ainda mais. “Cada menino que vejo jogando no gol me recordo de quando ele começou, dos seus primeiros passos”.

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Suas tarefas cotidianas incluem sempre cuidar do “Cantinho do Paredão”, lugar em que Ilaídes guarda recortes, prêmios, fotos e demais objetos que envolveram a carreira do ex-atleta da Chapecoense. O neto Lorenzo, de três anos, é outra forma de aliviar sua dor. “Ele tem exatamente o mesmo jeito do meu filho, além de ser muito parecido fisicamente”, revela.

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Dona Ilaídes diz que não sente revolta pelo acidente e que o carinho das pessoas é fundamental para encarar essa fase difícil. “Todo mundo me abraça, isso me fortalece. Hoje sou conhecida por ser a mãe dele, é uma honra muito grande”, comenta a guerreira, que emocionou o Brasil justamente ao consolar um repórter de TV em meio à tragédia que também vitimou jornalistas.

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Contudo, ela diz que mudou um hábito em sua casa. “Antes assistia a todos os jogos da Chapecoense. Hoje não consigo, por pensar que meu filho poderia estar ali”, emociona-se.

Futebol, aliás, é assunto doloroso para a mãe de Danilo mesmo longe de casa. “Fui abastecer o carro no posto de gasolina e estava com fila. A TV estava passando jogo. Eu não aguentei e fui embora”, finaliza.

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