Liverpool e United planejam revolucionar a Premier League
Seria a maior mudança na Liga desde sua fundação, em 1992, com uma compensação financeira de R$ 1,9 bi para os clubes considerados menores
Futebol|Eugenio Goussinsky, do R7

A Premier League está perto de realizar a maior reformulação do futebol inglês desde 1992, ano de sua fundação. Impulsionados pela crise com a pandemia, Manchester United e o Liverpool, duas das maiores equipes da competição, recolocaram em pauta um projeto que surgiu há cerca de três anos e que visa a concentrar mais o poder nos clubes que são considerados os seis principais da Liga: Manchester City, Arsenal, Tottenham e Chelsea, além dos dois já citados.
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A ideia, denominada "Projeto Big Picture", é reduzir o número de participantes, que passariam de 20 para 18 e abolir a regra de um clube e um voto, conforme informou o The Telegraph. O projeto ainda precisa da aprovação dos clubes, dentro do atual modelo que a proposta visa justamente modificar.
Isso tiraria a exigência de se obter 14 votos para aprovar qualquer decisão ou regulamento, dando mais peso à decisão dos que mais arrecadam e que estão há mais tempo na Premier League, ou seja, os seis grandes e Everton, Southampton e West Ham.
Em contrapartida, os clubes da Primeira Divisão ficariam responsáveis por organizar um fundo que respassasse 260 milhões de libras (R$ 1,9 bilhão), como um pacote de resgate para ajudar os que disputarem a EFL (English Football League Championship - a partir da Segunda Divisão) a se recuperarem da crise, realçada por causa da pandemia.
A preocupação de Manchester United e Liverpool é incrementar os lucros dos investidores americanos nas duas equipes. O Liverpool, atual campeão da Premier League, é controlado, desde 2010, pela Fenway Sports Group, braço esportivo do conglomerado de John W. Henry, que também investe no beisebol (Boston Red Sox) e na Nascar.
Já o Manchester tem como dona a família Glazer, hoje representada por Joel Glazer, nascido na Flórida em 1970 e filho de Malcolm Glazer, que inicialmente liderou o projeto de compra da equipe inglesa em 2005.
Haveria também mudança nos contratos de TV, com uma nova forma de distribuição da receita. Da receita atual, 50% são divididos igualmente entre os clubes; 25% são divididos em função da classificação das equipes na temporada anterior; e 25% variam de acordo com a quantidade de partidas transmitidas.
Para tornar o calendário mais enxuto, também seriam extintas a Taça da Liga e a Supertaça. Além disso, foram propostas a criação de uma liga feminina independente e a limitação do preço dos ingressos para visitantes, que ficaria no máximo em 23 euros R$ 151,00).
Segundo o The Mirror, o chefe da EFL, Rick Parry, defendeu a ideia, ressaltando que boa parte dos 72 clubes da entidade é favorável, mesmo com o risco de alguns ficarem de fora.
"O que nós fazemos? Deixar exatamente como está e permitir que os clubes menores murchem? Ou nós fazemos algo sobre isso? E você não pode fazer algo sobre isso sem que algo mude. E a visão de nossos clubes é: se os seis (grandes) recebem alguns benefícios, mas os 72 também, estamos preparados para isso", completou.
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