John Textor explica problemas em fluxo de caixa e cita desrespeito à Lei da SAF
Acionista majoritário revelou problemas com entrada de dinheiro via premiação e cota televisiva, e criticou condução da legislação
Futebol|Do Live Futebol BR
Acionista majoritário da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo, John Textor explicou os problemas enfrentados quanto ao fluxo de caixa no fim de 2022. Em live promovida pelo canal "FogãoNET", no YouTube, o empresário norte-americano ainda revelou situações complicadas envolvendo entidades organizadoras quanto à Lei da SAF.
"Agora está tudo tranquilo, tudo em dia, mas quero explicar o que aconteceu no fim do ano. Temos trabalhado para buscar novas fontes de receita e uma das propriedades. Não tivemos uma só semana sem que tivéssemos um problema do clube social do passado interferindo nas nossas operações", iniciou.
Textor lamentou o entendimento ruim da legislação por advogados e órgãos judiciais e revelou que não teve acesso às cotas de televisão na última temporada.
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"Desde o início entendemos que os juízes e as cortes brasileiras não tiveram o cuidado para interpretar a Lei da SAF. Acredito que precisamos cuidar da SAF e não se preocupar com os problemas do passado. Todos os credores do clube têm de estar dentro do RCE, depositar os 20% em juízo, e não interferir na operação da SAF", destacou.
"Em junho, estávamos gastando dinheiro investindo em jogadores, contando com o dinheiro da televisão, e esse dinheiro não veio. Aparentemente, dois presidentes do clube social antes do Durcesio (Nelson Muffarej e Carlos Eduardo Pereira) assinaram um documento dando o contrato como garantia de uma dívida fiscal com o Governo. Essa mesma dívida estava renegociada, sendo paga em dia. Porém, um procurador federal resolveu resgatar aquele antigo contrato e falar que o dinheiro era dele. Era muito dinheiro. O contrato da TV é a maior receita da SAF e foi tomado sem mais nem menos."
Em uma das faltas de entendimento quanto à Lei da SAF, John Textor ainda contou situação desconfortável envolvendo CBF e Ferj, também ocasionadas por dívidas históricas do modelo associativo do Botafogo.
"A Lei da SAF não está nos protegendo como deveria. Uma pessoa da Ferj, quando assumimos a SAF, cobrou da gente uma dívida histórica de R$ 5 milhões e ameaçou que não poderíamos inscrever jogadores. Tivemos uma companhia de energia que foi ao Lonier e disse que o velho Botafogo devia-lhes dinheiro e tentou cortar a nossa luz. Tivemos que pagar imediatamente para não ter a luz cortada. Ganhamos R$ 3,5 milhões do prêmio da Copa do Brasil e a CBF pegou o dinheiro porque o clube social tinha uma dívida histórica com eles. Enviamos ofícios à CBF e nunca tivemos uma resposta."
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