Herói corintiano em 77, Basílio quer ampliar corrente de apoio a Jairo
Ídolo do Corinthians, ex-meia relembrou passagens no período em que ele e Jairo, diagnosticado com câncer raro, foram companheiros no time alvinegro
Futebol|Cesar Sacheto, do R7
Um dos maiores ídolos da história do Corinthians, autor do gol que deu o título paulista de 1977 ao clube — que amargava um jejum de 23 anos sem conquistas —, Basílio lamentou a notícia relativa ao estado de saúde do ex-goleiro Jairo Nascimento, diagnosticado recentemente com um raro tipo de câncer no rim.
O eterno "Pé de Anjo" corintiano lembrou que Jairo compareceu à homenagem feita ao elenco campeão, em outubro passado, no Parque São Jorge.
Basílio frisou que o ex-goleiro já sabia da doença, mas preferiu não comentar com os demais veteranos. Agora, ele pretende contatar outros jogadores daquele elenco para buscar formas de ajudar o amigo.
"Fui surpreendido. Fiquei muito triste. Vou ligar para o Zé Maria [ex-lateral e capitão daquela equipe] e o pessoal para tentar fortalecê-lo", afirmou Basílio.
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Ambos foram contemporâneos no Corinthians e disputaram algumas temporadas juntos pelo time alvinegro. Neste período, o time foi bicampeão paulista (1977/79).
"Eu cheguei ao Corinthians em 1975. Ele chegou em 1977. Convivi com o Jairo por muito tempo. Quando eu estava na Portuguesa, a gente também se encontava bastante. O Badeco [companheiro de Basílio na Lusa] conhece o Jairo desde criança. Eles são de Joinville", contou.
Participação na final do Paulistão 77
Nem todos os corintianos se recordam, mas Jairo teve participação na histórica final do Paulista de 1977 contra a Ponte Preta, vencida pelo time de Campinas por 2 a 1 — gols de Dicá e Rui Rei, ambos indefensáveis.
O goleiro teve a responsbilidade de substituir o titular Tobias na segunda partida da decisão. "O Tobias estava suspenso pelo cartão amarelo no segundo jogo e o Jairo entrou", confirmou Basílio.
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Histórias curiosas
Basílio também revelou que Jairo intimidava alguns pelo porte e tamanho, mas tinha uma personalidade pacata. Tais características renderam uma passagem pitoresca envolvendo o ex-goleiro.
"Ele tinha um Fusca. Parece que ele deu uma fechada em alguém no trânsito do Rio de Janeiro e o cara foi atrás. Mas, quando viu aquele negrão que não acabava mais saindo do carro, se arrependeu e pediu desculpas. Tomou um susto. Ele contava e ria. O Jairo sempre foi um cara muito calmo", relembrou Basílio aos risos.
O ídolo corintiano compartilhou outra história curiosa do goleiro, desta vez na seleção brasileira, quando Jairo tentou proteger Rivelino no famoso episódio em que o meia foi perseguido pelo uruguaio Ramírez durante um jogo no Maracanã, em 1976.
"O Rivelino correu e o Jairo estava atrás. Ele pegou aquele lateral e deu-lhe umas porradas", rememorou Basílio. Mais tarde, o lateral uruguaio vestiria a camisa do Flamengo.
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