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BRASILEIRO 2022

Grupo de Textor perde quase R$ 600 milhões; clube prevê ‘déficit significativo’

Apesar do impacto no Lyon, o dirigente garante que os problemas do grupo francês não afetam o Botafogo

Futebol|Do R7

Almada e John Textor, dono do Botafogo, em anúncio do jogador no Lyon (Foto: Divulgação/Lyon) Lance

A situação financeira do Lyon, clube francês controlado pelo grupo Eagle Football Group, voltou a preocupar. De acordo com o relatório divulgado nesta segunda-feira (15), a empresa presidida por John Textor registrou 90 milhões de euros (cerca de R$ 587,9 milhões) a menos em receitas na temporada 2024/25 em comparação ao ano anterior.

O montante arrecadado foi de 237,8 milhões de euros (R$ 1,78 bilhão), bem abaixo dos 361,3 milhões recebidos em 2023/24. A diretoria do clube prevê um “déficit muito significativo” nos próximos meses, o que reforça a necessidade de ajustes.

Apesar da semelhança nos nomes, o relatório diz respeito apenas à Eagle Football Group, empresa que administra exclusivamente o Lyon, e não à Eagle Football Holding, que controla o Botafogo (Brasil), o RWDM (Bélgica) e o FC Florida (EUA).


Crise na França e saída de Textor do Lyon

O rombo financeiro do Lyon acompanha uma crise de bastidores no futebol francês. John Textor, que recentemente deixou o comando direto do clube, atribuiu parte da instabilidade à interferência da federação local.

- Na França, não há regras claras. Tudo é subjetivo. Os órgãos dirigentes queriam uma mudança de postura e estavam cansados de ouvir sobre reformas. Eu defendi um modelo similar ao da Premier League, sem a DNCG (entidade que fiscaliza a gestão financeira dos clubes) - afirmou Textor após a partida entre Botafogo e Corinthians, pelo Brasileirão.


O empresário norte-americano justificou sua saída do Lyon como uma tentativa de facilitar a aprovação de recursos e evitar mais atritos com os dirigentes locais. Segundo ele, o clube estava financeiramente em dia, e os bloqueios ocorreram por questões políticas e pessoais.

- Eu me demiti voluntariamente porque percebi que era o problema para os órgãos dirigentes. A Uefa já havia nos aprovado. Tínhamos dinheiro suficiente. No dia 20 de maio, nos disseram que não haveria rebaixamento. O que mudou entre 20 de maio e 24 de junho? Não foi o dinheiro, fui eu - disse o dirigente.


Botafogo não é afetado

Apesar do impacto no Lyon, John Textor garantiu que os problemas do grupo francês não afetam o Botafogo. Ele segue como acionista majoritário da SAF alvinegra e afirmou que há estabilidade financeira no clube carioca.

- Não há motivo para preocupação. Continuo controlando a maioria das cadeiras na diretoria, e a Ares (empresa que financiou a compra do Lyon) não tem poder para me substituir. No Botafogo, estamos estáveis - assegurou John Textor.

Textor ainda revelou ter interesse em comprar de volta a SAF do Botafogo para separá-la do restante da Eagle Football. Segundo ele, essa estrutura permitiria buscar novas parcerias na Europa que beneficiem o clube.

- Não pedi ajuda, mas deixei claro que gostaria de recomprar o Botafogo. Seria o acionista majoritário do Eagle, mas o clube seria administrado à parte. Estamos conversando com o conselho para ver se isso faz sentido. Enquanto isso, o clube social já se posicionou a favor da mudança - concluiu.

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