Grêmio um, gol do atacante pela esquerda Pepê, Internacional um, gol de pênalti de Thiago Galhardo, no Gre-Nal número 428, o sexto do ano, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro 2020.
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As estatísticas mais recentes do Gre-Nal têm sido cruéis para o Inter: essa foi a 11º confronto seguido entre os dois gigantes gaúchos sem vitória do Colorado. As últimas seis foram em 2020: cinco derrotas do Inter e um empate, com seis gols tomados e nenhum feito. Não bastasse, o Tricolor não perde um clássico para o principal rival em casa desde 2013. O triunfo do Imortal neste sábado (3) foi o 14º seguido em seus domínios.
A última vez que o Colorado balançou as redes do grande adversário foi em um empate por 1 a 1, em 20 de julho de 2019, no Beira Rio - um gol contra, do gremista Paulo Miranda. A última vitória do Inter foi um 1 a 0 no Beira Rio, em 9 de setembro de 2018.
Nesta partida, no banco gremista, o treinador Renato Gaúcho mostrou-se calmo. Bem diferente do que ocorria no outro banco, com o agitado comandante argentino Eduardo Coudet sempre aos berros na tarefa de empurrar seu time.
O jogo na primeira etapa foi muito fraco, até enjoado, mas melhorou consideravelmente na etapa final. Os dois terminaram a partida com dez jogadores: o colorado Musto e o gremista Cortez foram expulsos.
O Grêmio iniciou trabalhando a bola com toques rasteiros. A partir dos 20 minutos da primeira etapa, passou a abusar dos cruzamentos. O Inter, ao contrário, optou no começo pelas bolas alçadas na área do adversário e pelos chutões de fora da área a partir da metade da etapa inicial.
Os dois times não conseguiam sucesso, mesmo porque ninguém, em um ou outro lado, estava minimamente inspirado. Corriam atrás da bola com o habitual empenho gaúcho, mas sem qualquer efetividade quando era necessário criar.
Pepê, pelo Grêmio, e Thiago Galhardo, pelo Inter, deram algum trabalho na primeira metade do jogo. Mas foi pouco, muito pouco.
Algumas comparações ajudam a entender o que foi o primeiro tempo. O Inter foi para o vestiário com 68% da posse de bola, mas apenas dois chutes a gol. O Grêmio, com 32% de posse, mandou nove bolas em direção à meta colorada.
Em resumo: uma primeira etapa fraca, travada, até chata, com arbitragem correta do bom Raphael Claus, que terminou em um zero a zero merecidíssimo para as duas equipes. O Inter travado por uma boa e adiantada marcação do rival. E o Grêmio sem jogadas trabalhadas, tentando o gol sem efetividade. E tome chuva.
A segunda etapa começou passando a impressão de que o jogo seria ganho pelo primeiro que conseguisse marcar. E o gol do Grêmio saiu logo aos sete minutos: mesmo marcado por Cuesta e Moledo, Diego Souza achou Pepê, que encobriu Marcelo Lomba. Belo gol.
Com a desvantagem, o Inter buscou coragem, se organizou melhor e passou a pressionar mais o Grêmio. Como jogava com mais toque de bola e um pouco mais organizado, o primeiro gol Colorado contra o rival desde julho de 2019 saiu aos 29 minutos. Thiago Galhardo cobrou pênalti no canto direito de Vanderlei. A bola beliscou a trave, tocou na nuca do goleiro e foi para a rede.
O gol veio no momento certo para o Inter, pois a empolgação com a vantagem fazia o ímpeto do Grêmio crescer em campo. Depois disso, muita disposição, muita correria, mas um empate justo ao final. Justiça a todo instante: pela modorrenta primeira etapa e pela fase final bem disputada pelas duas equipes, embora sem grande brilho.
Com o empate, o Grêmio ultrapassa o Corinthians e dorme na 14ª posição. O Inter permanece na vice-liderança, agora com 22 pontos, mesma pontuação do terceiro colocado Palmeiras, que venceu o Ceará por 2 a 1 também neste sábado (3), em casa, no Allianz Parque, em São Paulo. O Colorado está à frente por ter uma vitória a mais do que o Verdão.
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