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BRASILEIRO 2022
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Gramado sintético pode acarretar lesões de LCA? Entenda

Caso mais recente é o de Galoppo, do São Paulo, que rompeu o ligamento em partida no Allianz, que usa esse tipo de grama

Futebol|Pietro Otsuka, do R7


Lesão de Galoppo se deu por causa de gramado sintético do Allianz Parque? Entenda
Lesão de Galoppo se deu por causa de gramado sintético do Allianz Parque? Entenda

Quando Giuliano Galoppo rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, nas quartas de final do Paulistão, contra o Água Santa, foram diversos os comentários nas redes sociais pondo a culpa no gramado sintético adotado no Allianz Parque, palco do confronto. Marco Aurélio Cunha, ex-dirigente do Tricolor, foi uma das vozes que reiteraram essa teoria. 

Para o professor e doutor Marcus Luzo, chefe do departamento de ortopedia da Escola Paulista de Medicina, da Unifesp, e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho, porém, não é bem assim. 

Em entrevista ao R7, o especialista explica que é "consenso" dentro da comunidade médica que atua com esse tipo de caso que o gramado sintético de fato "segura mais" alguns movimentos do atleta, mas não há embasamento científico que comprove uma relação entre esse tipo de gramado e uma maior ocorrência de lesões no ligamento cruzado anterior.

"Ele [gramado sintético] segura mais, mesmo colocando a borrachinha, molhando, ele segura um pouco mais o movimento do pé, do membro inferior, e está mais sujeito a esse tipo de lesões. Então se o jogador não está habituado com esse gramado, às vezes ele segura e prende, como foi o caso do Galoppo", diz Luzo.

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"Mas, tem vários fatores. Será que o Galoppo não tem um componente genético que favorece ter essa lesão? E por coincidência foi nesse jogo que lesou? Não se tem um embasamento científico para a gente falar. Não é determinante o gramado sintético nesse tipo de lesão.", emenda.

"Meu joelho parecia estar mole"

Leon Ribeiro rompeu o LCA num lance sozinho; veja
Leon Ribeiro rompeu o LCA num lance sozinho; veja

Em 2021, Leon Ribeiro era estudante de economia na Bethesda University, em Anaheim, na Califórnia, e jogava pelo time da universidade, assim como no Sporting Club California, clube que disputa o equivalente à quarta divisão nacional nos Estados Unidos. Em um lance sozinho, sem contato direto com um adversário, Ribeiro rompeu justamente o LCA do joelho direito.

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“Eu estava jogando no meio-campo e fui disputar uma bola perto da nossa área. Na hora que fui girar o corpo, senti um estalo muito forte e meu joelho foi de um lado para o outro, como se estivesse mole. Caí no chão gritando e na hora já sabia: rompi o LCA”, relembra. Veja o lance abaixo.

A lesão de Ribeiro, como de tantos outros atletas que jogam futebol de alto rendimento, pode estar relacionada, entre outras coisas, com a maior intensidade que o futebol exige atualmente. “Há 15, 20 anos, um jogador levantava a cabeça para lançar e tinha tempo para pensar e fazer a jogada. Hoje, ele já tem que fazer um movimento de dois toques, senão o adversário chega junto”, explica o médico Marcus Luzo.

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