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SAF do Corinthians: idealizadores explicam a importância do projeto

Carlos Teixeira e Eduardo Salusse, idealizadores do projeto SAFiel, detalharam o modelo proposto para a transformação do Corinthians...

Gávea News|Do R7

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Escudo Corinthians (Foto: Gustavo Vasco/SCCP)

Carlos Teixeira e Eduardo Salusse, idealizadores do projeto SAFiel, detalharam o modelo proposto para a transformação do Corinthians em Sociedade Anônima do Futebol. O plano será formalmente entregue ao presidente no dia 28 de outubro, e prevê a criação de uma estrutura com dois sócios principais: o clube e uma empresa composta por torcedores investidores.

A iniciativa foi explicada em entrevista ao programa CNN Esportes S/A, onde os idealizadores reforçaram que o projeto visa preservar a identidade do clube ao mesmo tempo em que cria uma estrutura de governança profissional.

"A SAFiel consiste em transformar todas as propriedades que hoje estão no clube associativo em uma nova corporação altamente profissionalizada, com padrões de processos e governança compatíveis com as maiores empresas nacionais. O Bayern de Munique, por exemplo, é uma grande inspiração para nós", disse Teixeira.

Divisão de ações e modelo de controle


Segundo os idealizadores, a nova estrutura acionária será dividida entre ações ordinárias, com direito a voto, e ações preferenciais, destinadas a investidores externos sem poder decisório. A proposta também estabelece um teto de concentração de votos.

"Esse segundo CNPJ que entra de sócio junto com o associativo vai emitir dois tipos de ação. Uma com direito a voto, que vai poder ser comprada por corintianos, e uma outra classe de ação, que é a ação preferencialista, que, assim como o Bayern, empresas e fundos de investimento serão convidados a investir, mas não terão poder de voto", e concluiu:


"Nosso projeto prevê limite máximo de voto. Nenhum acionista poderá ter mais que 1,8% das ações com direito a voto", explicou Salusse.

Crise financeira e urgência na decisão


O projeto surge em meio a uma grave crise financeira. Com uma dívida acumulada de R$ 2,7 bilhões e um déficit mensal crescente, os idealizadores defendem que a adoção do modelo SAF deve ocorrer com urgência.

"Há uma série de razões que fazem com que a decisão tenha que ser tomada de imediato, com a SAFiel ou com outro projeto, porque o tempo vai acabar fazendo com que o Corinthians sangre significativamente e torne a situação ainda muito mais difícil e muito mais prejudicial aos corintianos", alertou Salusse.

O advogado acrescentou que o clube está sob risco de sanções devido a pendências judiciais e fiscais, incluindo um transfer ban imposto pela FIFA.

Além disso, destacou que a recente reforma tributária torna o modelo SAF mais vantajoso do ponto de vista fiscal, com alíquota reduzida para operações e isenção sobre transferências nos primeiros anos.

"A dívida cresce R$ 1 milhão por dia. (...) Se deixarmos para quando o Corinthians estiver com uma estabilidade maior, isso vai custar meio bilhão de reais a mais", reforçou.

Os idealizadores estimam que o Corinthians possa alcançar um valor de mercado de R$ 3 bilhões, com base na receita anual superior a R$ 1 bilhão. Deste montante, R$ 2,5 bilhões seriam utilizados para amortização de dívidas e os R$ 500 milhões restantes direcionados a novos investimentos na equipe.

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