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Em um papo entre amigos, um assunto é recorrente: o VAR. O que era para ser um coadjuvante de luxo, se tornou no futebol brasileiro um protagonista egocêntrico, por muitas vezes interferindo em lances que, na regra, sequer deveria ser acionado. Pensando nisso, o R7 listou sete lances polêmicos envolvendo o árbitro de vídeo que marcaram essa edição do Campeonato Brasileiro
THIAGO RIBEIRO/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
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A mais recente aconteceu no último final de semana. Vasco, fugindo do rebaixamento, enfrentou o Internacional, com objetivo inverso ao cruz-maltino: o título. No entanto, um lance marcou a partida: a (não) interferência do árbitro de vídeo. No primeiro gol do Colorado, a posição de Rodrigo Dourado, autor do gol, estava em posição duvidosa. O lance, no entanto, sequer foi checado, pois, segundo a CBF, a tecnologia utilizada para traçar a linha de impedimento não estava funcionando no momento
Flickr/Internacional
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Mas as polêmicas não aconteceram somente nessa reta final de campeonato. Ainda no início da competição, o Santos perdeu para o Flamengo na Vila, mas marcou dois gols no primeiro tempo, os dois, porém, foram anulados. Em ambas as jogadas, a dúvida pairou no ar, e o jogo ficou parado, ao todo, por 11 minutos
Flickr/Santos
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O problema é que o VAR não provocou apenas polêmicas, mas teve também sua cota de erros inaceitáveis. Um deles aconteceu na partida entre Palmeiras e RB Bragantino. No gol solitário do jogo, marcado por Luiz Adriano, a posição do centro avante era irregular. O gol, entretanto, foi validado. A justificativa? Um ponto cego no VAR, que impossibilitou a constatação do erro
Flickr/Palmeiras
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Mas e quando a linha de impedimento está funcionando e o erro persiste? Foi o que aconteceu em Atlético-MG e São Paulo. No início da partida, Luciano abriu o placar para o tricolor. O lance, no entanto, foi anulado por impedimento. A questão é que o atacante não estava impedido e o time do Morumbi acabou sendo prejudicado, perdendo a partida por 3 a 0 após a não marcação do gol
Flickr/São Paulo
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O VAR, que deveria nos passar segurança, nos faz, por muitas vezes, duvidar de sua funcionalidade. Um dos motivos foi o pênalti não marcado para o Atlético-MG contra o Corinthians, na Neo Química Arena. No lance, Vargas é puxado e derrubado por Gil, falta clara. O árbitro de campo não marcou, o VAR não chamou, e o lance seguiu
Flickr/Atlético-MG
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O Corinthians, beneficiado, também foi prejudicado. Na partida contra o Grêmio, Jô foi derrubado dentro da área por Kannemann. O juiz, novamente, não marcou a penalidade e o lance sequer foi revisado pela arbitragem na cabine do VAR
Flickr/Grêmio
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No jogo que fez Gatito Fernández chutar a cabine do árbitro de vídeo, o Botafogo se viu prejudicado em um lance polêmico. O alvinegro carioca teve um gol anulado, após o VAR constatar falta na origem da jogada. Não cabe nas competências do VAR analisar lances daquela natureza, interpretativos, em que, na teoria, deve prevalecer a decisão do árbitro em campo
Vitor Silva/Botafogo
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Apesar de tudo isso, o saldo do uso do VAR é positivo, com mais acertos do que erros. No entanto, a insegurança é constante, porque os erros tem sido mais recorrentes que o normal. Além disso, lances que em outros lugares são analisados em segundos, no Brasil demoram um tempo inaceitável. O que resta, agora, é esperar que nessa reta final de campeonato, as diversas decisões, seja por título, Libertadores, ou rebaixamento, não sejam condicionadas pelo uso falho da tecnologia que veio para nos ajudar
FERNANDO ALVES/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO