O goleiro Jean, acusado de agredir a esposa Milena Bemfica durante uma viagem de férias para os Estados Unidos, se manifestou pela primeira vez sobre o caso nesta quinta-feira, durante sua apresentação ao Atlético-GO. O atleta, que teve seu vínculo com o São Paulo suspenso, revelou que não se manifestou antes por estar "impossibilitado pela Justiça Americana"
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Ele iniciou a sua apresentação pedindo desculpas a todas as mulheres, se mostrando arrependido do que fez: "Peço desculpa a todas as mulheres. Não sou esse monstro que a imprensa fez de mim"
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Sem entrar em detalhes, Jean deixou claro que um dia ele contará a sua versão sobre o que o levou a agredir sua esposa: "Toda história tem dois lados, mas nada justifica a agressão. Fui totalmente errado. Não estou dizendo que pela história ter dois lados eu estou certo em agredir. Foi uma reação que eu tive. Nunca tinha agredido ninguém. Quem me conhece há mais tempo sabe de toda a minha história e se surpreendeu com o que aconteceu. Mas tem coisas que eu só vou poder falar em breve"
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Repercussão "Por eu ser uma pessoa pública, que era jogador do São Paulo, um time visto mundialmente, claro que ia repercutir mais do que uma pessoa comum. Estou completamente arrependido. Que minha história sirva de lição para que outros casos não aconteçam, não só figuras públicas, todos os homens do mundo. Sei da repercussão, minha família ficou triste, tem criança que se espelha em mim e não foi bom para eles. Tenho duas filhas mulheres e estou arrependido"
Guilherme Rodrigues/Estadão Conteúdo - 18.12.2019
Arrependimento "Peço desculpa a todas as mulheres que se sentiram ofendidas e a todos em geral. Tenho que agradecer ao Atlético-GO e ao presidente por abrirem as portas. Não sou esse monstro, nunca tinha tocado em ninguém, foi uma situação de momento, por fatos que vou esclarecer depois, mas que não justificam o ato"
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Carreira "Se não fosse o Atlético-GO, meu contrato (com o São Paulo) estaria suspenso e não teria como eu trabalhar para sustentar as minhas duas filhas. De coração, agradeço muito ao clube"
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Contato com as filhas "Minhas filhas vieram para Goiânia junto com minha ex-esposa. Tenho contato com elas, sim. Trouxe elas para Goiânia. Mas agora começaram as aulas e elas não podem vir. Quando eu tiver uma folga, vou para Salvador. Amo minhas filhas, e o mais difícil está sendo ficar longe delas. Até trouxe dois brinquedos que elas gostavam de usar. Ameniza um pouco a saudade. O mais difícil é não ter esse contato no dia a dia"
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Torcida do Atlético-GO "Não recebi nenhuma reação contra. Não sou de ficar andando pela rua. Tem prós, tem contras. Tem que escutar os dois lados. Estão me julgando pela história que foi contada de uma pessoa. Em breve, vou dar mais esclarecimentos e as pessoas vão saber o que aconteceu"
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Futuro "Pensei em parar de jogar num momento em que estava sendo atacado de todos os lados. Pessoas me xingando e me julgando em tom muito agressivo, ameaçando até de morte. Pensei, sim, em parar de jogar, sofri bastante, estou sofrendo. Mas, por outro lado, em conversa com minha família e meu empresário. Jogar futebol é a única coisa que sei fazer. Se eu fosse sozinho, teria parado de jogar. Mas eu tenho minhas filhas, tenho que cuidar delas, por isso, não parei de jogar"
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Hostilidade em campo "Quanto às provocações, eu já estou acostumado. O goleiro é sempre o mais xingado na casa do time adversário. Quando eu me concentro, esqueço essas coisas em campo"