'Fiquei surdo e apaguei', diz zagueiro que desmaiou após queda de raio
Henrique, do Água Santa, conta que pais 'ficaram desesperados' ao vê-lo caído no gramado em jogo da Copinha. Atleta precisou de atendimento médico
Futebol|Cesar Sacheto, do R7
O zagueiro Henrique Preissler de Jesus, de 19 anos, atleta do Água Santa, viveu um drama pessoal nos minutos finais da partida entre o time do Grande ABC e o Atlético Mineiro, válida pela terceira fase da 50ª Copa São Paulo de Futebol Júnior, em Diadema, na última segunda-feira.
"Faltava um minuto e 40 segundos para acabar o segundo tempo. Estava 1 a 0 para o Atlético. A gente estava pressionando. Com a chuva, veio um raio também e caiu perto do campo. Graças a Deus, o estádio tinha pára-raios e puxou [a descarga elétrica]", contou o defensor nesta quarta-feira (16) em entrevista ao R7.
A força do raio fez com que o jogador do time paulista — que gravou um vídeo para tranquilizar familiares, amigos e torcedores do Água Santa — e o goleiro da equipe mineira caíssem no gramado e necessitassem de atendimento médico.
"Foi muito forte, mas não nos ferimos. Foi mais o estrondo e a claridade. A minha visão ficou escura. O barulho me deu dor de cabeça. Fiquei surdo. Corri para o banco e 'apaguei'. Quando acordei, estava na ambulância e os médicos tentavam falar comigo. Mas, conseguia falar com eles. Sentia falta de ar e dor de cabeça. Aos poucos, consegui responder às perguntas e ouvir novamente", complementou Henrique.
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Apesar de o confronto ter sido encerrado dois minutos antes do previsto devido à tempestade e os raios que caíam sobre o estádio municipal José Batista Pereira Fernandes, mais conhecido como Distrital Inamar, o jogador garantiu que não se sentiu prejudicado — o Água Santa buscava o empate quando o raio provocou a paralisação do jogo.
"A chuva estava muito forte e tinha muitos raios. Pelo campo ser alto, poderia ter ocorrido algo pior se tivéssemos jogado esses dois minutos. A chuva veio do nada. O árbitro foi bem na partida. Não tenho nada contra ele", ponderou.
Carreira e sonhos
Natural de Santo André, o zagueiro — que já treina com o elenco principal do Água Santa e participou de seis jogos da equipe profissional — foi descoberto quando jogava em uma escolinha de futebol do bairro Campanário, em Diadema, onde mora.
"Sempre joguei bola na escolinha de futebol que tinha perto de casa. Teve um jogo-treino com o Água Santa, era atacante e o técnico gostou de mim. Perguntou se sabia jogar como zagueiro e volante. Falei que sabia e ele me pôs como volante. Entrei com 14 anos e joguei como volante. No sub-20, comecei como zagueiro e estou na posição até hoje", explicou.
Henrique pretende seguir no Água Santa na temporada de 2019. Mas, como todo atleta, tem ambições para o futuro. Uma delas, além de ajudar financeiramente os familiares, é vestir a camisa do time de coração do pai.
"Se Deus quiser, poderei realizar o sonho do meu pai, que é jogar no Timão, time de coração", finalizou Henrique, esperançoso.
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