Com um início de passagem bastante decepcionante pelo Palmeiras após ter chegado com status de goleador do Atlético Nacional campeão da Libertadores do ano passado, Miguel Borja precisa de carinho para brilhar com a camisa palmeirense. Pelo menos é isso o que garante o técnico Reinaldo Rueda, que dirigiu o atacante na equipe colombiana antes de o jogador se transferir para o clube do Palestra Itália.
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"Eu penso que ele tomou uma decisão muito difícil ao ir para o Palmeiras. O Borja precisa de bastante acompanhamento. Além dos treinos, ele precisa se sentir muito cercado na parte afetiva. Com continuidade e bom acompanhamento, com certeza ele vai desenvolver a sua capacidade como grande goleador", afirmou o comandante, em entrevista à reportagem do Estado.
Já ao ser questionado sobre como foi feito esse trabalho de acompanhamento no Atlético Nacional, o treinador ressaltou: "Esse trabalho foi determinante para o sucesso. A forma como o recebemos no clube, para fazê-lo se sentir importante, foi essencial para o êxito. Ele respondeu ao estímulo tanto no treinamento, como no coaching individual que fizemos com ele exclusivamente para potencializar a sua capacidade como atacante. Ele tinha saído de um time pequeno, o Cortuluá, e chegar a uma equipe como o Atlético Nacional foi um salto muito grande, uma diferença enorme. Então, foi preciso um acolhimento para que não se sentisse assustado no novo clube".
Rueda ainda vê com normalidade o fato de o meia Guerra, outro ex-jogador do Atlético Nacional, ter se adaptado mais rápido ao Palmeiras do que Borja, e explicou que a própria rodagem maior do venezuelano colaborou para que isso acontecesse.
"Guerra é um jogador mais experiente do que Borja, com mais vivência internacional. Fora isso, Guerra tem uma inteligência fora do comum como jogador de futebol. Com um toque ele é capaz de mudar a velocidade de uma jogada. Se derem chance a Borja, ele pode evoluir igual", garantiu.