Entenda o caso que levou Bruno Henrique, do Flamengo, a virar réu por fraude em apostas
Atacante teria recebido intencionalmente um cartão amarelo após compartilhar a informação com o irmão
Futebol|Do R7
RESUMO DA NOTÍCIA
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O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, virou réu na Justiça do Distrito Federal por suposta fraude esportiva envolvendo apostas. A denúncia foi aceita nesta sexta-feira (25) pelo juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal do DF, e envolve também o irmão do jogador, Wander Nunes Pinto Júnior.
Segundo o Ministério Público, Bruno Henrique teria recebido intencionalmente um cartão amarelo na partida contra o Santos, válida pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2023, após compartilhar a informação com o irmão. O MP afirma que a conduta teve como objetivo obter vantagem financeira por meio de apostas.
“A investigação policial apresentou elementos que indicam que o denunciado Bruno Henrique, de forma deliberada, teria atuado de forma intencional de modo a ser punido com cartão na partida questionada e que Wander Nunes teria contribuído para a ação do irmão ao incentivá-lo a agir de tal maneira, objetivando angariar com isso alguma vantagem financeira”, diz o despacho.
A investigação reuniu mensagens trocadas entre os dois. Em uma das conversas, Wander pergunta quando o jogador tomaria o terceiro cartão. Bruno responde que seria contra o Santos e afirma que evitaria punição na partida anterior. O irmão então comemora e diz que já guardaria o dinheiro como investimento. No jogo mencionado, Bruno Henrique recebeu o amarelo após reclamação com o árbitro e foi expulso em seguida com um cartão vermelho direto.
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A denúncia de estelionato, inicialmente proposta pelo MP, foi rejeitada pelo juiz, que também negou medidas cautelares como pagamento de fiança ou retenção de passaportes. A Justiça decidiu ainda não tornar réus outras oito pessoas citadas na investigação.
O caso se baseia na Lei Geral do Esporte, que classifica como crime fraudar o resultado de competição esportiva ou evento relacionado. A pena prevista é de dois a seis anos de prisão, além de multa.
Tanto Bruno Henrique e Wander quanto o Ministério Público podem recorrer da decisão. Após serem formalmente citados, os réus terão dez dias para apresentar defesa. Ainda não há data definida para o julgamento.