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BRASILEIRO 2022
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Endrick se torna 'embaixador' de medicamento proibido para atletas; entenda risco de punição

Mesmo sem usar o medicamento, o Código Brasileiro Antidopagem pode punir o atleta por estimular o uso de substância proibida

Futebol|Do R7


Endrick ganhará R$ 12 milhões como embaixador da Neosaldina
Endrick ganhará R$ 12 milhões como embaixador da Neosaldina

Endrick, campeão brasileiro pelo Palmeiras e revelação do ano na Bola de Prata, assinou na última semana contrato de R$12 milhões, com duração de cinco anos, com a Neosaldina, medicamento para alívio nas dores de cabeça. Foi o maior patrocínio na história da marca. No entanto, uma das substâncias presentes na composição do remédio, o isometepteno, é proibida e considerada doping para atletas, de acordo com a Wada (Agência Mundial Antidoping). 

Mesmo usar a substância, Endrick pode ser enquadrado na seção XI, artigo 127 do CBA (Código Brasileiro Antidopagem), que cita a assistência, incentivo ou ajuda à tentativa de violação de regra de antidoping. A pena pode variar de dois a 30 anos de prisão.

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"Penso que nem Endrick nem seu estafe e nem a empresa que lhe contratou avaliaram por esse prisma (doping). Agiram de boa fé. A princípio, não vejo prática de conduta vedada na legislação nacional ou internacional. Contudo, se poderia aventar a prática do artigo 127 do CBA", avalia Milton Jordão, advogado especializado em Direito Desportivo e ex-procurador do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).

"Inegável que o atleta tem responsabilidades maiores nesse particular, devendo ser zeloso com a sua imagem e com a repercussão de suas ações. Pode sofrer sanção na legislação nacional e internacional. Tudo dependerá da orientação da sua vontade, ou seja, se está ciente, sim. Se ele age de boa fé, não vejo como se falar em violação", disse.

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Como age o isometepteno?

O isometepteno está presente na fórmula do medicamento na forma de mucato. Ele atua tanto na redução da dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais, que contribui para a redução da dor na região, quanto na potencialização do efeito analgésico.

Na lista mais recente da Wada, lançada em dezembro de 2022, a informação aparece na página 15, na seção S6, como um estimulante proibido.

Substâncias estimulantes, como o isometepteno, podem mascarar a presença de outros agente químicos, expressamente proibidos aos atletas profissionais. Seu uso pode acarretar em punições na esfera esportiva. No caso de Endrick, não há evidências de que o atacante utilizou o medicamento.

"Em ação com outros analgésicos, o isometepteno potencializa o efeito de outras drogas. Qualquer substância estimulante é proibida", disse José Cruvinel, diretor de operações da Cliff, médico do esporte e cirurgião de trauma.

"A substância não é ruim, não terá um efeito adverso ao organismo, mas não pode ser utilizada por atletas. Damos o exemplo da Neosaldina aos atletas por ser um medicamento corriqueiro, de fácil acesso. Como um sinal de alerta. Tem de estar atento ao que você vai tomar, saber o que está usando. Não aceitar comprimido de qualquer pessoa."

Outro lado

Endrick ainda não se manifestou nas redes sociais sobre o caso. Ele está nos Estados Unidos em férias. A Wolff Sports & Marketing, que desde 2022 gere os contratos publicitários e comerciais do jogador do Palmeiras, foi procurada pela reportagem e disse que irá se manifestar em breve, ainda nesta quarta-feira.

Quando isso ocorrer, a reportagem será atualizada. A Neosaldina também não se manifestou sobre o patrocínio ao atacante.

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