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BRASILEIRO 2022

Empresários de quadras de futebol pressionam pela volta em São Paulo

Setor, que depende dos aluguéis dos espaços para atletas amadores, se sente desprestigiado frente academias e entregará protocolo sanitário para governo

Futebol|André Avelar, do R7

Arena WS, na capital paulista, tem cinco qudras disponíveis e está fechada desde março
Arena WS, na capital paulista, tem cinco qudras disponíveis e está fechada desde março

A retomada da prática de esportes tem gerado confusão em São Paulo. Se por um lado os campeonatos profissionais e as academias de ginásticas estão liberados, as quadras disponíveis para locação permanecem fechadas dentro do plano montado para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Empresários do setor entregarão nesta sexta-feira (28) um protocolo sanitário ao governo estadual, pedindo a reabertura dos espaços.

Os estabelecimentos — com uma, duas ou até 15 quadras disponíveis, em geral, para atletas amadores e grupos de amigos — estão fechados desde o início do isolamento social, há cinco meses. De lá para cá, claro, tiveram dificuldades de manter o quadro de funcionários, pagar as contas mensais e até honrar as dívidas contraídas no período. Pior do que isso, o setor não tem uma previsão de quando pode reabrir as portas sem a ameaça de multa ou até fechamento do local.

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“Já fizemos o nosso protocolo, com os mesmos cinco médicos que fizeram o protocolo das federações profissionais entregues ao Estado [basquete, futsal, handebol e vôlei] e estamos esperando pela reabertura. Os locatários estão esperando e ligam todos os dias querendo saber quando podem voltar a jogar bola”, disse Alessandro Mariani, administrador da Arena WS, espaço na zona oeste da capital paulista, que conta com cinco quadras.

Na quinta-feira passada (20), Mariani e outros empresários de quadras chegaram até a ter um alento com uma “nota informativa”, assinada pelo secretário de Esportes, Aildo Rodrigues Ferreira, que liberava as “modalidades coletivas com contato físico praticadas em quadras” para as cidades que estivessem na fase amarela do Plano São Paulo. Em contato com o R7, a pasta confirmou que a nota se referia apenas aos “protocolos enviados pelas federações profissionais é que foram aprovados pelo Comitê de Contingência do Coronavírus”.


Quatro dias depois, em suas redes sociais, o próprio secretário tratou de esclarecer alguns pontos, mediante a perguntas de donos de quadras e escolinhas de futebol. Além disso, ainda afirmou que, uma vez aprovado o protocolo, não é necessário por exemplo o decreto de um município para a reabertura. O município, no entanto, pode ser mais exigente que o Estado e postergar o reinício das atividades.

“A prática amadora ainda não tem um protocolo aprovado. Para o retorno, torna-se necessário a observação de um protocolo. E uma recomendações do Comitê de Contingência é que se faça exames prévios. Todos os atletas envolvidos precisam ser examinados antes da prática, antes da competição e a prática amadora, seja ela futsal ou qualquer modalidade, ainda não tem esse protocolo encaminhado aqui para gente para que a gente possa submeter à validação”, disse Ferreira.


As autoridades olham para os mais de 45 milhões de habitantes no Estado — com 784.453 casos e 29.415 mortes pela covid-19 —, mas a conta do setor é mais simples. Em um dia de agenda cheia, em um espaço médio, seriam de 200 a 300 pessoas, em horários espalhados, ao ar livre. No caso de uma academia de mesmo porte, o número pode chegar a uma centena, com equipamentos compartilhados e em ambiente fechado apesar de todos os cuidados com a limpeza. 

Com o protocolo a caminho da Secretaria de Esportes, que entregará para o Comitê de Contingência, Rogério Cunha, sócio-diretor da Sportiva Marketing e Eventos, empresa que realiza campeonatos nestas quadras alugadas, afirmou que os donos do estabelecimento já passaram a tomar as devidas precauções como instalação de totens de álcool em gel, tapetes especiais para a limpeza de chuteiras, proibição de torcidas e inutilização dos vestiários. Para ele, o futebol amador está em no meio do caminho entre o profissional e as escolinhas de futebol e precisa de medidas viáveis no atual cenário.


“O nosso ramo de mercado emprega direta e indiretamente centenas de profissionais como professores de educação física, fisioterapeutas, árbitros, socorristas, narradores, fotógrafos, além de gerar renda com confecção de uniformes, medalhas, troféus, etc. Precisamos ser vistos com urgência e levando-se em consideração a devida peculiaridade do nosso ramo”, disse Cunha.

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