Dirigente do Sport chama técnico do São Paulo de ‘estagiário' após 0 a 0
Vice-presidente de futebol dos pernambucanos, Laércio Guerra não gostou da postura de André Jardine, ex-interino e treinador da base, sobre fair-play
Futebol|André Avelar, do R7
Em jogo que poderia significar a entrada no G-4 de um e a saída do Z-4 de outro, São Paulo e Sport empataram sem gols na última segunda-feira (26). Apesar da falta de pontaria dos dois times, o fechamento da 37ª rodada, no Morumbi, foi marcado por duras críticas por parte de um dirigente pernambucano. O vice-presidente de futebol Laércio Guerra chamou o técnico dos paulistas André Jardine de “estagiário”.
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Guerra inicialmente, na entrevista pós-jogo, reclamou do pênalti marcado pelo árbitro André Luiz de Freitas Castro, em que Claudio Winck trombou com Everton na área. Mas o dirigente foi além e se empolgou diante dos microfones. Ele não gostou da atitude, reconhecida por Jardine, de pedir para que seus jogadores não colocasse a bola para fora para o atendimento médico de Matheus Peixoto, já no segundo tempo de partida.
“Começou muito mal esse treinador, que agora é treinador, pois era estagiário. Mandou que os jogadores não chutassem a bola para fora”, disse o dirigente do Sport, em claro tom de deboche. “O São Paulo está muito mal com um treinador desse tipo aí e acho que, com ele, não vai ficar entre os quatro primeiros [do Brasileirão]”, completou, já na saída do estádio.
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Curiosamente, talvez, o Sport dependa justamente do São Paulo, do ex-interino e treinador das categorias de base Jardine, para permanecer na Série A do campeonato. O time pernambucano, com 39 pontos, enfrenta o Santos, na Ilha do do Retiro; enquanto o São Paulo pega a Chapecoense, de 41 pontos, na Arena Condá. O time catarinense é o primeiro fora da zona de rebaixamento.
Quase uma hora depois do jogo, Jardine foi para a sala de entrevistas com os jornalistas já sabendo das duras críticas do dirigente adversário e a pressão velada para que, mesmo já garantido na pré-Libertadores, não desista do resultado em Chapecó. Logo na primeira resposta, agradeceu a oportunidade e disse que não queria comentar o caso. Elegantemente, aceitou falar sobre o que entende do fair-play e reconheceu que não viu que o Matheus Peixoto havia levado um pisão na mão.
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“Acho o fair play importante. Sempre defendi a postura, o respeito à arbitragem, ao elenco, ao colega. Especialmente no São Paulo, que sempre primou por isso. No lance em questão, comecei a perceber que estava recorrente. E o Sport estava querendo fazer o uso dessa elegância que temos de ter. Mas foram dez atendimentos. Um pouco abusivo”, concluiu Jardine, já oficializado como técnico do São Paulo.
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