
José Maria Marin segue preso ao lado de outros seis dirigentes da Fifa
Tasso Marcelo/Estadão Conteúdo
José Maria Marin, de 83 anos, segue preso na Suíça ao lado de outros sete dirigentes da Fifa depois que na última quarta-feira (27) o Departamento de Justiça dos Estados Unidos desmontou o maior escândalo de corrupção da história do futebol. Um advogado do ex-presidente da CBF afirmou que pedirá a transferência do cartola para um hotel em Zurique, em regime de “prisão domiciliar”. A informação foi confirmada pelo presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout, ao canal Sportv.
Segundo o porta-voz da Justiça suíça, Folco Galli, os detidos passam 23 horas por dia presos na cela e não possuem nenhuma regalia, como a utilização de internet e telefone. Os dirigentes só têm direito a um prato com arroz, carne e vegetais — frutas podem complementar a alimentação. O local da prisão ainda é mantido em sigilo e os dirigentes aguardam um pedido formal de extradição para os EUA. O processo, em geral, dura seis meses. Os acusados podem recorrer da decisão até 8 de junho, mas não acredita que haverá liberdade condicional.
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As suspeitas contra o Brasil se referem ao acordo de US$ 160 milhões firmado em 1996 entre CBF e uma fornecedora de material esportivo (provavelmente a Nike) e outra referente a acordos de patrocínio e de transmissão da Copa do Brasil. Em ambos os casos, a propina teria sido paga pelo grupo Traffic, do empresário José Hawilla, a dirigentes da CBF.