Claudio Dalledone, advogado do empresário Edison Brittes, suspeito de assassinar o meia Daniel na madrugada do último sábado (27), afirmou que a decisão pelo homicídio foi tomada sob forte emoção depois que seu cliente colocou o jogador no porta-malas de seu carro e deixou sua casa.
Antes de sair, levou todos os pertences do jogador, incluindo as roupas e o celular.
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"O celular estava no bolso da calça que ele [Brittes] havia tirado no quarto. Os objetos foram juntos. Nada dele ficou", afirmou o advogado, em entrevista ao programa Cidade Alerta, da RecordTV.
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"Não sei se tocou ou vibrou o telefone. O fato é que despertou a atenção para o celular dele", contou Dalledone.
Ao ver as mensagens e fotos enviadas pelo jogador do São Paulo com um grupo de amigos através do WhatsApp, Brittes decidiu matá-lo.
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Daniel tinha enviado fotos deitado na cama ao lado da mulher de Brittes. Segundo o empresário, ele arrombou a porta do quarto para defender a esposa, que estaria sendo estuprada.
Ao entrar no quarto, passou a agredir o jogador com a ajuda de mais três cúmplices. Daniel teria ficado bastante debilitado e desmaiou. O jogador teve vários dentes quebrados.
"Uma boa parte ele [Brittes] quebrou. Isso ele não nega. Ele deu cotovelada de cima para baixo. O que eu tenho de informação é de que ele apanhou muito. Mas a intenção não era de matar. Era de aplicar uma severa reprimenda corporal pela situação que deixou todo mundo ali. Ele se deitou no leito de uma mãe casada, com filhos e o marido pegou. Depois aconteceu alguma coisa que acabou derivando no homicídio", afirmou o advogado, na entrevista ao Cidade Alerta.
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Dalledone afirmou que os três cúmplices de Brittes no espancamento serão ouvidos na próxima segunda-feira (5) pela polícia de São José dos Pinhais. "Eles vão esclarecer tudo isso."
A polícia nega essa versão. O delegado Amadeu Trevisan, que investiga o caso, diz que Daniel apenas enviou mensagens a amigos e não estuprou a mulher de Brittes.
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