Darío Pereyra lembra briga histórica entre Brasil e Uruguai: ‘Ninguém saiu ileso’

Em 1976, o Maracanã foi palco de uma das brigas mais lendárias do futebol sul-americano, um confronto entre as seleções do Brasil e do Uruguai. Em entrevista ao Canal do Cosme Rímoli, no YouTube, o ex-zagueiro uruguaio Darío Pereyra revela detalhes da confusão.

O jogo era válido pela Taça do Atlântico. O Brasil já vencia por 2 a 1 quando no finalzinho do jogo o lateral Sergio Ramírez fez uma falta feia em Zico. Rivellino foi tirar satisfação e deu um soco na boca do uruguaio.

Após o apito final, Ramirez tentou revidar a agressão e correu atrás de Rivellino. O meia brasileiro fugiu até o vestiário, escorrendo e caindo bumbum na escada, na cena que entrou para a história. Começou então a confusão generalizada.

“O Ramírez saiu correndo atrás do Rivelino. Quando vimos, ele estava cercado e começaram a bater nele. Fomos tentar defendê-lo e aí apanhamos todos”, disse Darío.

O ex-zagueiro também foi vítima da pancadaria. Ele levou um golpe do goleiro Jairo, reserva da seleção brasileira, e chegou a desmaiar. “Tentei reagir, mas de repente levei uma pancada e apaguei. Levantei no reflexo, mas meu nariz estava do outro lado. Nem sabia onde estava”, afirmou.

A briga envolveu até fotógrafos, que reagiram ao avanço dos jogadores. Um deles atingiu o preparador físico uruguaio com uma câmera fotográfica. “Ele caiu desmaiado, tivemos que carregá-lo para fora”, contou.

Darío Pereyra, que depois fez carreira no São Paulo, disse nunca ter participado de brigas em campo. “Sempre entrava para separar, mas naquela situação foi impossível. Era confusão para todo lado. No fim, ninguém saiu ileso.”

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