Jogadores do Brasil reconhecem pressão pelo hexa, mas deixam empolgação para torcida
Das favoritas, apenas o time verde-amarelo e a França venceram duas partidas no fim da segunda rodada da fase de grupos
Copa do Mundo|André Avelar, do R7, em Doha, no Catar
Se, por um lado, grandes favoritos tropeçam, por outro, a seleção brasileira alcançou na última segunda-feira (28), no estádio 974, a segunda vitória na Copa do Mundo. O clima de empolgação rumo ao hexacampeonato até existe no Catar, mas deve ficar restrito aos torcedores. Esse é o pensamento dos próprios atletas depois do 1 a 0 contra a Suíça, pela segunda rodada do Grupo G.
Com o resultado, o Brasil garantiu a classificação antecipada para as oitavas de final e, muito provavelmente, também a primeira posição na chave. Para ser ultrapassado, o time precisaria perder a partida contra Camarões e ainda ver a Suíça vencer a Sérvia e tirar uma diferença de três gols. Os dois confrontos acontecem na sexta, às 16 horas (de Brasília).
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Richarlison, destaque do primeiro jogo, com dois gols, não fez a sua melhor atuação na partida às margens da baía de Doha, em um estádio feito de contêineres. O camisa 9 sentiu demais a ausência de Neymar, que ainda se recupera de uma entorse no tornozelo direito, e teve poucas chances de gol. Mesmo assim, estava com a cabeça fria para fazer uma análise do Mundial até aqui.
“A gente está acompanhando as partidas. Claro que todos os jogos estão sendo difíceis. Vemos outras seleções favoritas perdendo e, por isso, a gente entra sempre atento, porque só tem jogo complicado. A gente pensa jogo por jogo. O Brasil é sempre favorito em Copa do Mundo, mas a gente tem que saber entrar com os pezinhos no chão também e pôr a bola para dentro da rede”, disse o jogador.
Em busca do inédito hexa, sem ganhar um título há 20 anos, os jogadores do Brasil sabem a pressão imposta. Além do talento individual, o elenco não deixa a empolgação tomar conta do vestiário. Ao longo dos sete jogos para chegar à final, lesões, suspensões e, claro, mérito do adversário podem atrapalhar o esquema.
O lateral-esquerdo Alex Sandro, que fez dois bons jogos até aqui, reconheceu o favoritismo do Brasil, na zona de entrevistas, na saída do estádio 974.
“O Brasil sempre foi favorito, mesmo em outras Copas, e, de repente, por muitos outros fatores, até pressão, não ganhou. Cabe a nós fazermos a nossa parte para avançar na Copa do Mundo e não nos deixarmos entrar no clima de empolgação da torcida”, completou o lateral.
Ao fim da partida, os jogadores se reuniram e agradeceram pelo apoio das 43.649 pessoas presentes. Alguns, entusiasmados, até cantaram a música Brasil Olê Olê Olê e saltaram com a arquibancada.
"Aquele momento foi especial. Vi até o Weverton com o Danilo na 'carcunda' só para comemorar mais essa importante vitória", riu o zagueiro Thiago Silva.
Entre os principais favoritos ao título, apenas Brasil, França e Argentina venceram os dois jogos. Holanda, Inglaterra, Argentina e Espanha venceram uma e perderam ou empataram a outra partida. Pior ainda é a situação da Alemanha, que ainda não venceu na competição.
Ao fim da segunda rodada de Copa do Mundo, o Brasil é o líder do Grupo G e se encontraria na oitavas de final contra Gana, que está na segunda posição no Grupo H. Portugal, outro com duas vitórias, lidera (6 pontos), com Gana (3) e Coreia e Uruguai empatados (1).
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