A imprensa internacional destacou mais um início trágico da Alemanha, após a derrota por 2 a 1 para o Japão, de virada, nesta quarta-feira (23). Em 2018, na Rússia, a equipe então campeã mundial (venceu no Brasil, em 2014) caiu na primeira fase da competição.
O jornal espanhol Marca disse que, assim como em 2018, os alemães começaram a Copa decepcionando quem esperava um futebol próximo do observado em 2014. Logo no início do jogo, os japoneses mostraram o perigo que representavam, quando Maeda fez um gol anulado. A Alemanha se impôs, jogou melhor no primeiro tempo e fez o primeiro gol, mas não suportou na etapa final a velocidade dos adversários, que viraram o placar para 2 a 1.
"Agora, os alemães têm pouca margem de erro nos dois jogos, um deles contra a Espanha, que ainda faltam jogar", advertiu o Marca. Os espanhóis jogam nesta quarta-feira contra a Costa Rica.
Segundo o diário argentino Olé, do país que terça-feira (22) foi o primeiro a sofrer com a zebra do Catar (o time foi derrotado também de virada contra a Arábia Saudita), "a equipe de Hansi Flick fez um ótimo primeiro tempo e marcou de pênalti. No segundo, no entanto, os asiáticos melhoraram: Doan fez 1 a 1 e Asano fez 2 a 1, com um gol terrível. Mais um solavanco na Copa do Mundo no Catar".
O italiano Gazzeta Dello Sport destacou o "haraquiri" alemão e lembrou, na matéria seguinte, que, depois da Argentina, coube aos germânicos mais um fiasco na Copa do Catar.
O AS, da Espanha, também usou o termo haraquiri para lembrar a primeira partida do Grupo E.
O haraquiri, nesse caso, que significa originalmente o ritual de suicídio de guerreiros japoneses, refere-se ao que a Alemanha teria feito ao deixar de se esforçar no segundo tempo da partida de estreia.
O jornal L'Équipe, da França, definiu a derrota como um "ippon", o nome do golpe do judô, esporte de origem japonesa, que põe fim à luta.