-
Depois de 36 anos de espera, a Argentina é, enfim, tricampeã do mundo. E o título veio numa campanha que teve de tudo, mas começou lá atrás, com a formação de um time e elenco que se uniram em torno de seu camisa 10, Lionel Messi, para alcançar a maior glória que o futebol pode proporcionar: a Copa do Mundo. Veja a seguir 7 fatores que explicam a conquista dos hermanos!
-
Mudança de rota
Se alguém acordou de um coma no domingo (18), vendo Messi e companhia erguerem a taça da Copa do Mundo, jamais imaginaria que essa mesma Argentina teria perdido na estreia, para a Arábia Saudita. Mas a derrota serviu e muito como aprendizado para os hermanos e foi um tropeço necessário para a mudança de rota adotada no Catar. Depois do revés, a equipe se uniu em torno de seu principal jogador, reconheceu fraquezas, fortaleceu-se internamente e foi ganhando confiança jogo após jogo até chegar ao título -
Sangue jovem
Parte fundamental da mudança de rota da Argentina se deu por meio da entrada de uma nova geração. Julián Álvarez (22 anos), Enzo Fernández (21) e Alexis Mac Allister (23) entraram no lugar de Leandro Paredes, Lautaro Martínez e Alejandro Gómez, e deram uma nova cara ao time. Os garotos argentinos deram conta do recado e fizeram um grande torneio, além de terem participações com gols, assistências e passes-chave em praticamente todos os jogos da campanha -
O goleiro "raiz"
Emiliano Martínez dispensa qualquer rótulo de bonzinho. E a personalidade controversa, por vezes meio "maluca", foi essencial para a conquista do tri. Provocador com suas dancinhas e jogos mentais, o goleiro se mostrou um excelente pegador de pênaltis, além de ter a seu favor o fator milagreiro, com defesas salvadoras em contextos de extrema importância, como na final, defendendo com o pé o chute de Kolo Muani nos últimos segundos da prorrogação -
Scaloni, o estrategista
A figura do técnico do futebol tem ganhado cada vez mais importante em grandes conquistas. E para a Argentina não foi diferente. Scaloni se mostrou um excelente treinador, fazendo a leitura necessária para cada contexto enfrentado na Copa do Mundo. A seleção mudou sua formação a cada partida para se ajustar ao adversário que enfrentaria, e a estratégia deu muito certo -
O efeito Copa América
Não existiria uma Argentina campeã do mundo se não fosse antes campeã sul-americana. O título conquistado em 2021, em pleno Maracanã, deu não só confiança a Lionel Messi e companhia, mas trouxe um enorme alívio a uma geração que se via muito pressionada por não ter nenhuma conquista -
Lionel Messi, a liderança a nata
Lionel Messi é a grande história desta conquista. Sem ele não existiria a Argentina campeã, e não é exagero algum dizer isso. Mas, para além da técnica impecável, dos passes geniais, os pênaltis cobrados com maestria e os gols antológicos, Messi se tornou com o tempo uma liderança nata, um exemplo que os demais têm prazer em seguir dentro e fora das quatro linhas. O camisa 10 é um ídolo dentro de campo, e seus companheiros dariam a vida por ele. Messi é a Argentina. E a Argentina é Messi. -
O imponderável do futebol
Tudo aqui dito anteriormente poderia ter ido por água baixo por um mero detalhe, uma bola desviada, uma falha de marcação. O futebol não é ciência exata, tudo pode mudar em um segundo. A Argentina vencia por 2 a 0, com facilidade, até os 33 minutos do segundo tempo. Levou o empate em menos de cinco. Emi Martínez poderia não ter defendido o chute de Muani. Messi poderia ter perdido seu pênalti. Nada disso tiraria o mérito da Argentina, mas o desfecho poderia ser totalmente diferente por conta de detalhes. O futebol é imponderável, mas quis o destino que fossem os hermanos a levantar o troféu