Acusações de extermínio de cães em Marrocos levantam polêmica antes da Copa do Mundo; entenda
Uma das seis sedes do torneio de 2030, país africano estaria envenenando os animais que vivem nas ruas
Copa do Mundo|Carol Malheiro*, do R7
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Marrocos está sendo acusado de promover assassinatos em massa de cachorros de rua para receber a Copa do Mundo de 2030. O país africano de mais de 38 milhões de habitantes é uma das seis sedes do Mundial ao lado de Espanha, Portugal, Paraguai, Uruguai e Argentina.
Segundo moradores de cidades como Casablanca, a mais populosa do país, e Rabat, capital de Marrocos, as mortes desses animais estariam ficando piores e mais sistemáticas nesse ano.
Veículos da imprensa estrangeira como o The Telegraph e a CNN Internacional têm reportado e divulgado os depoimentos da população do país, incluindo, sobretudo, crianças, que teriam presenciado a captura de cães e os corpos desses animais nas ruas. De acordo com as reportagens, os cachorros estariam sendo envenenados, fuzilados ou levados para centros onde seriam executados.
A campanha de ‘limpeza das ruas’ de Marrocos
Em entrevista à CNN Internacional, Omar Jaïd, Presidente do Conselho Provincial de Turismo de Ifrane, cidade marroquina que vai receber partidas da Copa do Mundo, afirmou que o município “começou a limpar as ruas de cães vira-latas como parte da preparação para a Copa do Mundo de 2030” e que os animais são reunidos e levados para postos de saúde onde podem ser vacinados.
Em 2019, o governo do Marrocos implementou o programa CERV (Captura, Esterilização, Vacinação e Soltura), uma estratégia humanitária para controlar a população de cães de rua. Uma das maiores preocupações das lideranças do país é controlar a disseminação de raiva, doença que pode estar atrelada a cachorros sem a vacinação adequada.
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Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a Garc (Aliança Global para o Controle da Raiva), o abate de cães não é uma medida eficaz para o controle da raiva. A estratégia principal para prevenir a disseminação da doença é a vacinação em massa.
Ao jornal inglês The Telegraph, a embaixada de Marrocos em Londres negou a intenção de matar os animais para se preparar para receber o Mundial de 2030 e disse que, inclusive, cinco cidades do país estão planejando construir abrigos para os cachorros de rua.
Protestos e denúncias já começaram
A pressão para que providências sejam tomadas para a proteção desses animais já começou e tem se intensificado conforme mais denúncias são feitas.
Em junho desse ano, durante a partida entre Manchester City e a equipe marroquina Wydad AC, no Mundial de Clubes, um manifestante do grupo Peta (Organização de Direitos dos Animais) invadiu o campo com um cartaz que pedia: “Marrocos, pare de matar cachorros”.
Antes de receber a Copa do Mundo, Marrocos sediará a Copa Africana das Nações entre o fim de 2025 e o início de 2026.
*Sob supervisão de Camila Juliotti
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