Craques da Copa: Cristiano Ronaldo tenta feito inédito em seu último Mundial
Apesar do futuro indefinido no Manchester United, craque e ídolo português segue sendo absoluto na seleção do seu país
Copa do Mundo|Do R7
Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro é, definitivamente, o maior nome da história da seleção portuguesa. O português, que nasceu em Funchal, começou a jogar aos 8 anos nas categorias de base do Clube Futebol Andorinha de Santo António. Aos 37 anos, o craque se despede da Copa do Mundo ainda em busca de um feito inédito.
Em 1995, Ronaldo assinou por um clube local, o Desportivo Nacional, e após dois anos na base foi jogar no Sporting. Curiosamente, o jovem só foi transferido por conta de uma dívida que o Desportivo tinha com o Sporting. No caso, Ronaldo foi o pagamento desse valor. Depois de passar por todas as categorias de base, estreou no time principal, mostrou que não era qualquer um e balançou as redes duas vezes no primeiro jogo.
Um fato pouco conhecido sobre o português nesses primeiros anos de carreira é que, aos 15 anos, o camisa 7 foi diagnosticado com um problema no coração, uma condição que poderia tê-lo forçado a desistir de jogar futebol. Porém, o jogador fez uma cirurgia sem complicações e voltou aos treinos poucos dias depois da operação.
O Manchester United o contratou em 2003, por 15 milhões de euros. A trajetória do craque foi vitoriosa nessa primeira passagem pelo time inglês. No total, acumulou dez títulos. Entre eles três do Campeonato Inglês, um da Champions League e um do Mundial de Clubes Fifa.
O ano de 2008 foi mágico para o português. Vencedor da tríplice Bola de Ouro, Chuteira de Ouro e Melhor Jogador do Ano Fifa, Cristiano igualou a marca do quase-xará Ronaldo Fenômeno, que ganhou os três prêmios em 1997.
Cristiano chega ao Real Madrid
No ano seguinte, com um acordo de 94 milhões de euros, Cristiano Ronaldo foi anunciado no Real Madrid. O jogador acabou sendo a mais cara contratação da história do futebol mundial até então, superando os valores da contratação de Zinédine Zidane, também pelo clube espanhol.
Como dizem por aí, o resto é história.
Duas vezes campeão espanhol, quatro vezes campeão da Champions League e três vezes campeão do Mundial de Clubes da Fifa. Ronaldo, definitivamente, teve seus melhores dias no Real Madrid e, não à toa, em quatro das cinco vezes em que o português foi eleito vencedor do Ballon d'Or, ele estava defendendo a camisa branca e azul dos Merengues.
Foram 438 jogos e 450 gols marcados, o que revela uma média de mais de um gol por partida. Ao lado de um elenco estrelado com Modric, Kroos e Marcelo, CR7 se firmou como um dos melhores e mais decisivos jogadores da atualidade.
Novos desafios na Itália
Depois de conquistar todos os títulos possíveis com o clube espanhol, CR7 foi buscar novos desafios na Itália. Ronaldo assinou com a Juventus, em 2018, por quatro temporadas, pelo valor de 100 milhões de euros. Mais uma vez, o português foi a maior transferência na história, dessa vez em relação a clubes italianos.
Pela primeira vez, com uma atuação mais tímida, a mágica de Cristiano não foi o suficiente para colocar a Juve nos pódios europeus. Porém, não significa que Cris não levantou nenhum troféu durante sua passagem pela Itália. Ao todo, foram dois campeonatos italianos, uma Taça da Itália e duas Supertaças da Itália.
Com a artilharia inédita no campeonato, Ronaldo se tornou o primeiro e único jogador da história a ser artilheiro de três das cinco principais ligas europeias. Ao todo, marcou 36 gols durante a temporada 2020-21.
Um bom filho à casa torna
Ainda em 2021, o Manchester United anunciou a contratação de Cristiano Ronaldo após 12 anos. Logo na estreia, CR7 marcou dois gols na goleada de 4 a 1 em cima do Newcastle, em partida válida pela quarta rodada da Premier League.
Em março daquele ano, após ter sido decisivo na vitória por 3 a 2 contra o Tottenham, na qual marcou um hat-trick, Ronaldo ultrapassou a marca de Josef Bican e chegou aos 807 gols na carreira, o que o isolou no topo do ranking dos maiores goleadores em jogos oficiais reconhecidos pela Fifa.
Pela seleção de Portugal
Com a camisa da seleção, Ronaldo também é craque. A primeira convocação foi em 2003. Desde então são quatro Copas do Mundo e cinco Eurocopas na conta do português.
Porém, somente em 2016 veio o primeiro título de CR7 com a seleção. Na decisão contra a França, Ronaldo sofreu uma entrada dura de Dimitri Payet. Apesar de tentar continuar a jogar, a lesão o forçou a abandonar a partida com apenas 25 minutos de jogo.
Foi do banco que Ronaldo viu Éder marcar o gol da vitória nos acréscimos. Na entrega final do troféu, o capitão pôde levantar a taça e acrescentar um importante título pela seleção nacional à sua carreira, um dos poucos que ainda lhe faltavam.
Após a frustração da eliminação na Copa de 2018, Ronaldo se afastou da seleção temporariamente, justificando a ausência pela vontade de concentrar os seus esforços na Juventus.
Porém, nem com o afastamento Cristiano deixou de conquistar seu lugar como maior da história no futebol português. Em setembro de 2021, CR7 fez os dois gol de Portugal na vitória de 2 a 1 sobre a Irlanda, em jogo das Eliminatórias para a Copa do Mundo. Com os gols, Cristiano se tornou o maior artilheiro de seleções da história isoladamente, com 111 gols feitos.
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