Copa do Mundo Copa no Catar marca o ponto-final para uma geração de ouro da América do Sul

Copa no Catar marca o ponto-final para uma geração de ouro da América do Sul

Messi, Suarez, Valencia, Thiago Silva... os jogadores que não devem mais atuar em Mundiais 

AFP
Messi está perto do adeus

Messi está perto do adeus

Reprodução/Twitter World Cup 2022

A final da Copa do Mundo entre Argentina e França neste domingo (18) não é apenas o "último jogo" de Lionel Messi em um Mundial, mas também o ponto-final para uma geração de ouro de jogadores sul-americanos.

O camisa 10 da Argentina disse que a partida no estádio Lusail "certamente" marcará a sua despedida do torneio, no qual fez sua estreia em 2006.

"São muitos anos para o [Mundial] seguinte e acho que não vai dar para mim. Terminar desta forma é o melhor", afirmou na terça-feira (13), após vencer a Croácia por 3 a 0 na semifinal e garantir a passagem à decisão.

Com ou sem o troféu nas mãos da Argentina, a América do Sul parece estar cada vez mais perto de ver a despedida de uma brilhante geração de sul-americanos já no fim de sua carreira como jogadores.

"Messi já vem sendo, há muito tempo, o melhor jogador do mundo. Isso te faz pensar em quando o Messi não vai estar mais presente...", disse o ex-atacante argentino Mario Kempes, campeão do mundo com a Albiceleste em 1978.

Mas o caminho para o futuro da seleção nos próximos mundiais parece bem encaminhado com a revelação dos estreantes Julián Álvarez (22 anos) e Enzo Fernández (21).

No Catar, um grande amigo de Messi também se despediu da Copa. Luis Suárez, o maior artilheiro da história do Uruguai e parte do temível trio MSN (Messi-Suárez-Neymar) que brilhou no Barcelona entre 2014 e 2017.

"Este será o meu quarto Mundial, o último por conta da minha idade", disse o atacante de 35 anos antes da estreia da Celeste na competição.

Sua dupla de ataque há mais de uma década, Edinson Cavani (35) e o capitão Diego Godín (36) também encaram a despedida do torneio, mas já olham com esperança para seus possíveis substitutos, os jovens Darwin Núñez e Ronald Araújo, ambos com 23 anos.

"Vou pensar se continuo jogando ou não. Não é por causa das lesões, mas por uma questão pessoal", disse Godín após a eliminação da seleção uruguaia na fase de grupos.

Enner Valencia, por sua vez, caiu em lágrimas após a eliminação equatoriana no torneio. Com 33 anos, o artilheiro do Equador em Copas do Mundo (6 gols) tem dificuldade para chegar com boa idade à próxima edição do torneio, que será disputado em 2026 nos Estados Unidos, Canadá e México.

Já o goleiro equatoriano Alexander Domínguez, de 35 anos, pode sofrer o mesmo destino, deixando órfão de liderança La tricolor, que se anima com Piero Hincapié (21), Pervis Estupiñán (24) e Gonzalo Plata (22).

Outro companheiro de equipe de Messi, Neymar parece estar com o futuro em dúvida na seleção brasileira.

A derrota para a Croácia nas quartas de final da competição em que o Brasil chegou como um dos grandes favoritos ao título fez o atacante de 30 anos questionar a sua continuidade junto aos pentacampeões.

"Não garanto 100% que voltarei, preciso analisar, pensar um pouco mais no que é melhor para mim e para a seleção", disse o atacante, visivelmente abalado após a derrota nos pênaltis.

Quem também se despediu da competição foram o zagueiro Thiago Silva (38) e o lateral-direito Daniel Alves (39), com a esperança de que a nova geração com nomes como Vinícius Júnior, Richarlison, Rodrygo e Antony consiga levantar o troféu do hexacampeonato em um futuro próximo.

Mas nem só as seleções sul-americanas que estiveram no Catar pensam nas despedidas de personagens que viraram ícones.

A seleção peruana se preocupa com a falta de opções para suceder Paolo Guerrero (de 38 anos) e companhia, protagonistas que levaram a equipe à Copa de 2018 pela primeira vez em 36 anos, mas que também perderam, na repescagem, uma vaga para a edição no Catar.

O Chile, bicampeão da Copa América em 2015 e 2016, e que não participa de Mundiais desde 2014, também não verá uma permanência longa de nomes como Claudio Bravo (39), Arturo Vidal (35) e Alexis Sánchez (33).

A Colômbia, por sua vez, após ficar de fora da Copa do Catar e viver um jejum de gols em sete jogos seguidos, busca um substituto natural para o seu artilheiro Radamel Falcao García (36).  

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