Baila, Brasil: seleção rebate críticas sobre danças após gols na Copa
‘Problema de quem não gosta, porque vamos continuar fazendo’, disse Raphinha quando questionado pelo R7, na saída do estádio
Copa do Mundo|André Avelar, do R7, em Doha, no Catar
A seleção brasileira promoveu um verdadeiro baile de Carnaval em plena Copa do Mundo. Com um futebol ofensivo, os jogadores comemoraram cada um dos quatro gols sobre os sul-coreanos com muita dança na última segunda-feira (5), no estádio 974, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. As coreografias, no entanto, foram alvo de críticas, principalmente, do ex-jogador Roy Keane.
O irlandês, que fez sucesso com a camisa do Manchester United nos anos de 1990, hoje é comentarista de uma TV britânica. Ainda no estádio, o ex-jogador entendeu como desrespeitosa as coreografias depois dos gols. Vini Jr., Neymar, Richarlison e Lucas Paquetá, todos dançaram depois dos gols.
“Acho um desrespeito eles dançarem assim toda vez que marcam. Não me importo com a primeira dança, ou seja lá o que for, depois do primeiro gol, mas fazer isso toda vez é desrespeitoso. Até o técnico deles se meteu nessa. Eu não gosto”, disse Keane, que foi um volante pegador em seus tempos áureos.
O problema é de quem não gosta%2C porque vamos continuar fazendo
É o nosso momento%2C o Brasil está comemorando
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Na saída do vestiário, quando questionados pelo R7, os jogadores da seleção brasileira se defenderam das críticas feitas pelo irlandês. Lucas Paquetá, um dos mais desenvoltos da seleção brasileira e que comemorou o seu gol com passos ensaiados, disse que todo o grupo estava comemorando e demonstrando a alegria de jogar futebol.
“A gente se reúne, pode olhar, todos estão ali, e comemoramos. É o nosso momento, o Brasil está comemorando. Se ele [Keane] não gosta, não tenho muito o que fazer por ele. É um grupo que está feliz em fazer o gol, alegre em conquistar o objetivo. A única coisa que ele tem que fazer é respeitar”, disse Paquetá, autor do quarto e último gol brasileiro na partida.
Raphinha, que não marcou, mas também participou das coreografias, foi ainda mais enfático quando questionado pela reportagem.
“O problema é de quem não gosta, porque vamos continuar fazendo”, resumiu o jogador.
Tite entrou na dança
No terceiro gol do Brasil, Richarlison festejou com os companheiros e depois ganhou um corredor livre para comemorar com o técnico Tite. Ali, os dois fizeram a já famosa dança do pombo, em referência ao apelido do jogador. Richarlison, que havia marcado dois gols contra a Sérvia, voltou a balançar a rede, agora contra a Coreia do Sul. Para Tite, nenhuma maldade, apenas diversão.
“Eles são bastante jovens, e tenho que me adaptar à linguagem deles. E eles têm essa linguagem da dança”, disse o técnico na entrevista coletiva.
Histórico recente
O novo capítulo da velha polêmica vem ainda na sequência de uma temporada em que Vini Jr., jogando pelo Real Madrid, foi alvo de cantos racistas no clássico contra o Atlético de Madrid. Na última sexta, o caso foi arquivado pelo Ministério Público da capital espanhola.
“Tudo normal, mas seguiremos na luta. Eu não vou parar”, escreveu o jogador em uma rede social, que também abrigou a campanha “Baila, Vini”.
Classificado às quartas de final, o Brasil pega a Croácia na sexta, às 12 horas (de Brasília), no estádio Cidade da Educação. Quem passar do confronto enfrentará o vencedor de Holanda e Argentina, que se enfrentarão mais tarde, no mesmo dia.
Sete cliques do dia em que Tite entrou na onda da dança do pombo