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Com autoridade, Brasil goleia a Coreia. E está pronto para a Croácia, pelas quartas

Com a volta de Neymar e um futebol fluente, extremamente ofensivo, o Brasil se aproveitou do espaço dado pela Coreia. 4 a 1 foi até muito pouco. Raphinha e Richarlison decisivos

Copa do Mundo|André Avelar e Cosme Rímoli, do R7, em Doha, no Catar

Brasil teve uma atuação excelente. Confiante, talentoso. Goleou com autoridade os coreanos
Brasil teve uma atuação excelente. Confiante, talentoso. Goleou com autoridade os coreanos

Doha, Catar

Com autoridade e uma goleada sem questionamentos, o Brasil está nas quartas de final da Copa do Catar. Entre os oito melhores do mundo.

Vai disputar uma vaga para a semifinal com a Croácia, na sexta-feira (9). 

Com muito talento, a seleção não tomou conhecimento da Coreia do Sul, que havia eliminado o Uruguai da fase de grupos. 4 a 1 foi até um placar muito modesto.


Raphinha e Richarlison foram os grandes destaques do time de Tite, desmontando o sistema defensivo oriental.

Com a volta de Neymar, a seleção mostrou muita consciência para se aproveitar.


Duas excelentes notícias para Tite, antes mesmo de o jogo contra a Coreia do Sul começar. Primeiro, o treinador tinha Neymar pronto, sem dores, disposto a recuperar o tempo perdido. Os dez dias que levou para se recuperar. E as partidas contra a Suíça e Camarões, que desperdiçou

A segunda veio do possível confronto pelas quartas, contra a Croácia. O time europeu, atual vice-campeão da Copa do Mundo, se desgastou ao máximo para eliminar o Japão. 90 minutos, mais 30 de prorrogação. A classificação só veio nos pênaltis.


Ou seja, os croatas serão um adversário cansado, desgastado, na sexta-feira, pelas quartas. Com a partida acontecendo às 16 horas daqui de Doha, no calor abafado, seco, do Catar.

O jogo contra os sul-coreanos começou da melhor maneira possível. O time brasileiro estava muito confiante, porque sabia da superioridade técnica. A vitória por 5 a 1, no amistoso, em Seul, não havia sido por acaso.

Até Tite fez a 'dança do pombo' para comemorar o gol de Richarlison. Felicidade
Até Tite fez a 'dança do pombo' para comemorar o gol de Richarlison. Felicidade

O técnico da Coreia, o português Paulo Bento, havia dito que não teria "nada a perder" contra o Brasil. Ou seja, só a ganhar. Se sua seleção perdesse, não significaria nada no contexto geral.

Bento buscou montar duas linhas móveis de quatro jogadores, para tentar travar as intermediárias. Só que, quando a bola chegava às laterais, Rafinha e Vinícius Júnior levavam vantagem sobre Jin-su e Moon-hwan. Laterais muito fracos. E respeitosos. Evitavam ao máximo as faltas. 

Tite montou o time de sua maneira tradicional. Mesmo com os dois laterais improvisados, Militão na direita e Danilo, na esquerda. Casemiro e Lucas Paquetá mais presos. Neymar livre no meio. Raphinha e Vinícius Júnior abertos nas pontas, e Richarlison na frente, como referência.

Em 12 minutos, a classificação brasileira já estava garantida.

Aproveitando-se de todo o espaço oferecido pelos "gentis" sul-coreanos, que estavam espaçados e não faziam faltas, permitindo a fatal troca de bola dos brasileiros, os gols vieram em sequência.

Logo aos seis minutos, começou a festa. Raphinha driblou pela direita e cruzou, buscando Neymar. A bola passou por ele. Mas não por Vinícius Júnior, que bateu com sangue frio, para o fundo do gol. Brasil 1 a 0. 

O gol deu ainda mais confiança à seleção. E assustou os coreanos, que seguiram da mesma forma, dando espaços, marcando mal. Além de o jogo brasileiro estar fluindo, ainda ganhou de presente o segundo gol. 

Woo-young se distraiu. Ao se preparar para dar um chutão, não percebeu a chegada de Richarlison. E o chutou, e não a bola. Pênalti. Neymar cobrou com maestria. 2 a 0.

O Brasil percebeu que o frágil sistema defensivo coreano não se alterava. E seguiu se aproveitando. Com a marcação sem cobertura, bastava um dos talentosos atacantes de Tite driblar um coreano que se abria a defesa oriental.

Era o pedido de uma goleada. E ela veio. Com participações inesperadas. Richarlison dominou a bola de cabeça. Fez "embaixadas" com a testa. E serviu Lucas Paquetá, que tocou para Thiago Silva. Do zagueiro veio o passe perfeito para Richarlison, entre a zaga. O atacante não teve dificuldade em empurrar para a rede, na saída de Seing-gyiu. 3 a 0, aos 28 minutos.

Neymar cobrou pênalti com talento. Deslocando Seung-gyu. Confiança de volta
Neymar cobrou pênalti com talento. Deslocando Seung-gyu. Confiança de volta

Até Tite participou da comemoração, fazendo a "dança do pombo", que Richarlison celebrou.

Neymar visivelmente fazia questão de tocar mais rápido que o habitual. Para evitar sofrer faltas que prejudicassem seu tornozelo recém-recuperado.

Justiça seja feita, o Brasil jogava muito bem. Consciente, trocando passes, driblando, envolvendo a Coreia. Raphinha e Richarlison desequilibravam a partida.

Mas viria outro gol, ainda no primeiro tempo.

Aos 35 minutos, Neymar descobriu Vinícius Júnior, que cruzou com perfeição para Lucas Paquetá ajeitar o corpo e fazer de pé direito. 4 a 0.

No segundo tempo, o Brasil diminuiu o ritmo. Sábia decisão, porque já tinha a vaga para as quartas. Não havia motivo para um desgaste além do necessário.

Daniel Alves entrou no lugar de Militão. Tite ainda poupou Danilo e Vinícius Júnior. Com Bremer improvisado na esquerda e a entrada de Gabriel Martinelli, o melhor reserva da partida contra Camarões. 

A Coreia cresceu por conta do jogo decidido. E Alisson ainda fez duas ótimas defesas.

A luta dos orientais foi recompensada aos 30 minutos, quando Casemiro afastou bola levantada para a área. Ela caiu nos pés de Sheung-ho, que bateu forte. Ela desviou em Thiago Silva e ficou indefensável para Alisson. 4 a 1.

Neymar saiu apenas aos 35 minutos, mostrando estar pronto para os croatas.

O Brasil controlou o jogo, deixou o tempo passar.

E chegará com toda a energia na sexta-feira...

Veja as melhores fotos da goleada do Brasil contra a Coreia

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