Opinião: Brasil precisa de Kaká, Robinho e Ganso na Copa  do Mundo para sonhar com o hexacampeonato

Confesso que sou (ou pelo menos sinto que sou) um entre tantos milhões de "treinadores" que a seleção brasileira tem ao redor do mundo e, como não poderia deixar de ser, vou dar aqui o meu palpite sobre alguns dos jogadores que, na minha visão, precisam estar na lista dos 23 convocados pelo técnico Luiz Felipe Scolari para disputar a Copa.

Confesso que, se não ouvir Felipão chamar os nomes de Kaká e Robinho, do Milan, e de Paulo Henrique Ganso, do São Paulo, no próximo dia 7 de maio, já ficarei com um pé e meio atrás quanto à possibilidade de o time nacional terminar a competição comemorando o hexacampeonato mundial.

Se não estão no explendor da forma, os três têm características que hoje Felipão ainda procura para montar o grupo ideal para disputar uma competição de tiro curto e erro zero. Não concordam? Então vou explicar caso a caso, começando por Kaká.

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O meio-campista do Milan põe no bolso seus atuais concorrentes ao posto de armador da seleção, como Willian, do Chelsea, ou Oscar, também do clube inglês. Kaká tem mais visão de jogo, mais qualidade técnica e, principalmente, mais experiência que a dupla hoje favorita sob os olhos de Scolari.

Paulo Henrique Ganso, do São Paulo, briga, em teoria, pelo mesmo lugar de Kaká, mas também é superior tecnicamente aos jogadores do Chelsea. Ganso perdeu, por teimosia de Dunga, a chance de disputar o Mundial da África do Sul, e um meia com o seu talento e sua cadência de jogo, raras no futebol atual, não merece passar mais quatro anos esperando por uma convocação que talvez não chegue.

Robinho ficou por último com um propósito. Criticado por muitos e ainda na briga para ser titular do Milan, o ex-santista tem como carta na manga algo fundamental para o Brasil ter o hexa encaminhado: ascendência sobre Neymar, este sim, a principal esperança do País para bordar mais uma estrela no peito.

O atacante é eficiente com a bola nos pés, tem estrela quando joga na seleção e já provou que, com Neymar (e Ganso) ao lado, faz estrago dentro de campo e fora dele (vide o Santos campeão de tudo em 2010). Talvez Robinho seja justamente o que Neymar precisa para estar livre, leve, solto e feliz quando a Copa começar. Pense nisso, Felipão, e o hexa estará mais próximo do que nunca.