Contratação de Wesley ainda custa ao Palmeiras. Juiz chama clube de "amador"
Alviverde foi condenado a pagar R$ 1,3 milhão em ação movida por empresário
Futebol|Do R7

Em 2012, uma ação de marketing do Palmeiras tentou arrecadar dinheiro para realizar a contratação do meio-campista Wesley, a época no Werder Bremen-ALE. No entanto, dos R$ 21 milhões almejados, apenas R$ 600 mil foram coletados. Nem o pedido do ídolo Evair na campanha serviu para motivar a torcida alviverde a colocar a mão no bolso.
Diante do fracasso da "vaquinha", a diretoria do Palmeiras apelou então para a ajuda de investidores e levantou a verba da contratação. O problema é que na hora de pagar a comissão dos empresários responsáveis pelo negócio o clube pagou quem não devia. Ou nada tinha a ver com a transação. Difícil de acreditar? Para o juiz Gustavo de Carvalho, sim.
Foi assim que o magistrado sentenciou nesta semana o clube a pagar R$ 1,3 milhão à empresa MKT Brasil, que alega nunca ter recebido o valor acordado. Isso porque o Palmeiras, na época, entregou o valor a um empresário chamado Maickel Portela, que segundo a MKT Brasil não faz e nem nunca fez parte da empresa.
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"Custa crer que o clube tenha efetivamente entregado centenas de milhares de euros a pessoa que, além de não constar no contrato social da empresa credora, sequer lhe apresentou seus documentos pessoais, bastando que, sem tampouco apresentar procuração, se intitulasse representante da credora para recolher considerável quantia em espécie", diz a sentença do juiz Gustavo Carvalho.
"Não é minimamente crível, portanto, que um clube como a Sociedade Esportiva Palmeiras pudesse agir de maneira tão amadora no tocante àquela que é certamente uma de suas mais corriqueiras e importantes atividades: a negociação de jogadores", completou o magistrado na ação julgada nesta semana que obrigada o clube a refazer o pagamento de R$ 1,3 milhão. A decisão é de segunda instância e agora recursos cabem apenas no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF).
