Como a volta de Garro ajuda o esquema de Dorival Júnior no Corinthians?

Rodrigo Garro está de volta à equipe titular do Corinthians após dois meses fora dos gramados por conta de uma tendinopatia patelar no joelho direito. O jogador chegou a procurar ajuda médica na Espanha, sob recomendação de Memphis Depay, para acelerar o retorno, que só aconteceu, nesta terça-feira (27), na derrota para o Huracán. O meia argentino só atuou por 33 minutos e entrou em campo dez minutos após o Timão sofrer o gol da derrota.

A última partida que Garro atuou como titular foi a final do Paulistão, no dia 27 de março. Desde então, o Corinthians foi eliminado na Pré-Libertadores e na Sul-Americana, além de sofrer derrotas amargas para o Palmeiras por 2 a 0, para o Flamengo por 4 a 0 e para o Mirassol por 2 a 1. O Timão também trocou de técnico no período, e um jogador que era estrela da equipe de Ramón Díaz, será testado pela primeira vez por Dorival Júnior.

Após a partida contra o Huracán, Dorival explicou a participação reduzida do meia no jogo decisivo. “Garro vinha evoluindo, melhorando, a gente tinha a expectativa de 30 minutos, até por uma conversa com ele. Espero que continue nesse processo de evolução e se reintegre ao grupo”, afirmou o técnico durante entrevista coletiva.

Retorno de Garro substitui uma lacuna no Corinthians

Dorival Júnior até tentou uma reposição para Garro com as peças que tinha a disposição, mas nenhum jogador cumpriu tão bem e de forma tão regular a função do argentino. Igor Coronado, que atua na mesma posição, chegou a ser testado de diferentes formas pelo treinador, sobretudo, nas laterais do campo. Mostrou um bom desempenho na vitória por 4 a 2 contra o Internacional, até marcando um gol, mas a irregularidade do meia não o fez conseguir ser titular.

Com isso, Dorival optou por usar escalações que não implicassem o uso de um meia ofensivo de ofício. Na maioria dos jogos, o técnico tem utilizado o 4-1-4-1, mas não repete os jogadores usados em cada posição, variando o elenco a cada time que enfrenta.

Outra característica do treinador é avançar os volantes para que eles atuem de forma mais ofensiva e ajudem o ataque. Um exemplo disso é Raniele, que sob comando de Díaz, costumava apoiar mais a defesa, função essa ocupada por Maycon no time de Dorival, o que permitiu a Raniele subir mais. Enquanto André Carillo deixou a posição centralizada para atuar mais à direita do campo. Na esquerda, Coronado e Breno Bidon se revezam, assemelhando-se mais às características de Garro.

Com o retorno do argentino, Dorival deve voltar a recuar Raniele e Carillo e pode optar por um novo esquema, como o 4-3-1-2. Garro teria liberdade para criar oportunidades de gol, sem precisar voltar para apoiar a defesa. A criatividade é algo que falta ao Timão sem o argentino, que contribui em muito com a qualidade técnica e visão de jogo que oferece a equipe. Outra grande contribuição do camisa 8 é a bola parada, a qual pode aumentar as chances da equipe alvinegra sair à frente do placar.

Próximo compromisso

O Corinthians enfrenta o Vitória, neste domingo (1º), às 18h30, na Neo Química Arena, pela 11ª rodada do Brasileirão. O Timão é o atual oitavo colocado, a oito pontos do líder, Palmeiras, com quatro vitórias, dois empates e duas derrotas. Já o Vitória ocupa o 17º lugar na tabela, a um ponto de sair da zona de rebaixamento. Ambos os clubes foram eliminados nesta semana na Sul-Americana.