Com volta de clubes tradicionais, Brasileirão 2023 promete ser o 'mais difícil de todos os tempos'
Edição deste ano do campeonato nacional começa neste sábado (15), com Palmeiras, Fluminense, Galo e São Paulo em campo
Futebol|Pietro Otsuka, do R7
Começa neste sábado (15) a mais importante competição do futebol nacional: o Brasileirão. Com a volta de clubes tradicionais à Série A, como Cruzeiro, Grêmio, Vasco e Bahia, a edição de 2023 promete ser a "mais difícil de todos os tempos", já que reúne, depois de muitos anos, os maiores times do nosso futebol.
"Este Brasileirão é especial porque, depois de muitos anos, os maiores clubes do país estão reunidos novamente. Se o campeonato tradicionalmente já é longo e muito disputado, promete ser ainda mais difícil agora", projeta o narrador e apresentador da Record TV Lucas Pereira.
Das 20 equipes presentes, seis aderiram à SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e prometem trazer de volta as glórias do passado. É o caso da Raposa, do Tricolor de Aço e do Cruz-Maltino, que se juntam a Botafogo, RB Bragantino e Cuiabá.
Além deles, teremos clubes com investimento pesado, como Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG, que contam com elenco muito qualificado e jogadores de renome. Grêmio, São Paulo, Corinthians, América-MG e Internacional também não podem ser menosprezados e prometem beliscar, pelo menos, uma vaga na Libertadores do ano que vem.
Palmeiras, favorito; Galo e Fla, possíveis decepções
Para Cosme Rímoli, colunista do R7, o franco favorito ao título é o Palmeiras, que tem o trabalho mais duradouro da Série A, com Abel Ferreira e boa parte do time-base campeão no ano passado mantidos. Ainda assim, as chances de título podem mudar, segundo ele, de acordo com "quem for eliminado primeiro da Libertadores".
"O Brasileiro depende da Libertadores. O time forte que cair mais cedo na Libertadores se foca em vencer o Brasileiro. O Palmeiras, para mim, é disparado o melhor time do país", projeta Cosme. Por outro lado, para o colunista, o Flamengo, que vive um momento de instabilidade na temporada, é candidato a decepção, assim como o Atlético-MG e o Corinthians.
"O Flamengo, com o melhor elenco do país, vive de forma absurda essa crise louca de treinador. Eu acho que não vai dar tempo de o Flamengo se recuperar. O Atlético-MG tem um elenco bom, mas com treinador problemático, e pode ser a grande decepção deste torneio", afirma.
"É cedo para falar, mas o Corinthians é uma equipe muito problemática também. Sem Renato Augusto, com um treinador inexperiente, que, pra mim, não termina o campeonato, eu acredito que o Corinthians vai se complicar", emenda o colunista.
Santos e São Paulo: candidatos a rebaixamento
Com tantos clubes considerados grandes do nosso futebol na atual edição, é natural que, entre os rebaixados, estejam times tradicionais. "Quem começar mal a competição provavelmente não terá tempo de se recuperar mais pra frente. Na minha opinião, teremos surpresas entre os rebaixados neste ano", comenta Lucas Pereira.
"Acredito que alguns clubes gigantes do nosso futebol, como Santos e São Paulo, correm mais riscos neste momento. Por isso, a expectativa é muito grande para ver quem realmente está prepararado para encarar o Brasileirão de 2023, que promete ser um dos mais equilibrados e emocionantes dos últimos torneios", complementa o narrador e apresentador.
Sobre Santos e São Paulo, Cosme Rímoli também vê risco considerável de os dois "incaíveis" serem rebaixados pela primeira vez na história. "O Santos está fazendo uma preparação péssima a longo prazo. Nunca vi tanta bagunça e um time realmente fraco, não tem outra palavra. E um presidente inseguro. Pra mim, o grande favorito ao rebaixamento é o Santos", diz.
"Não gosto da preparação do São Paulo também. Rogério Ceni continua uma incógnita. Ele monta um time, desmonta e depois monta outro. Ele me dá a sensação de quem tem tanto poder lá dentro que até atrapalha", emenda o colunista do R7.
Por fim, outro time tido como candidato ao rebaixamento é o Cruzeiro, de Ronaldo Fenômeno. "Não por acaso o Ronaldo tentou de qualquer maneira diminuir o número de rebaixados. Não conseguiu, e ele sabe o risco que o Cruzeiro corre", completa Cosme.
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