CEO diz que Neymar não perderia Copa América no gramado do Allianz
Alessandro Oliveira, CEO da Soccer Grass, empresa responsável pela reforma no estádio, apontou irregularidades em campos que utilizam grama natural
Futebol|Felippe Scozzafave, do R7

A cada dia que passa, o Palmeiras fica mais perto de voltar a jogar no Allianz Parque. O estádio alviverde, que a partir de 2020 passa a ter grama sintética ao invés do gramado natural, está em fase final de reforma. Faltando pouco tempo para o dia 16 de fevereiro, quando o time deve reestrear no local, no duelo com o Mirassol, pelo Campeonato Paulista, a empolgação é total.
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"Eu tenho certeza que o time vai ficar muito mais competitivo. São parâmetros da Fifa. Tem estudos que provam. O jogador vai poder utilizar a sua qualidade técnica sempre no mesmo lugar. Não vai ter um buraquinho novo, não vai ter a grama cortada de forma diferente. Não vai ter desculpa para o jogador não brilhar", disse Alessandro Oliveira, CEO da Soccer Grass, empresa responsável pela reforma no Allianz Parque, sendo concordado por Mike Willian, diretor de operações do estádio.
"Esse gramado oferece sim uma evolução técnica. Estudos e comprovações da Fifa garantem. E mais do que isso, agora a gente sabe que o gramado vai estar totalmente plano. É uma coisa que dificilmente a grama natural oferece. Antes, assumir esse risco de saber a condição do gramado em um jogo decisivo era complexo para a parte técnica. E a gente não conseguia precisar se as condições do gramado não poderiam causar riscos para os atletas", opinou.
E além da confiança de que o novo solo trará um ganho técnico para a equipe, que se acostumará mais rapidamente do que seus rivais, já que passa a ter também em seu centro de treinamentos um campo de grama sintética, há também a esperança de diminuir o número de lesões de atletas. De acordo com o representante da Soccer Grass, isso certamente acontecerá.
"Quando vemos um campo de grama natural, a gente vê ele cortadinho, bonitinho e já pensa 'nossa, está um tapete'. Mas não sabemos o que tem embaixo. Aquilo é uma armadilha para o jogador. Por exemplo, o Neymar ficou fora da última Copa América por causa de uma lesão causada por um campo irregular. Esse tipo de lesão, eu garanto que não vai ter mais aqui. Para o clube, isso é fabuloso. Você não corre mais o risco de ter esse prejuízo", disse ele, antes de completar com um questionamento: "E não foi só o Neymar. Quantos mais já podem ter se machucados por causa de gramados?"
Com a nova grama já instalada no campo do Allianz Parque, funcionários chegam a trabalhar em três turnos diários para que tudo esteja pronto para o Palmeiras voltar a jogar em seu estádio. Além do teste com bola rolando, ainda em fevereiro, o primeiro grande show do estádio com o gramado sintético será no dia 1º de março, na apresentação do Maroon 5.
Implantação de grama artificial no Allianz Parque está quase pronta
O Allianz Parque está quase pronto para receber jogos. Com a instalação da brita para deixar o campo totalmente reto, o estádio entra na fase final de reforma do gramado, que a partir de 2020 passa a ser artificial
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